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A dieta da mente David Perlmutter

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actérias residentes no nosso intestino — pode influenciar o comportamento do<br />

cérebro e aju<strong>da</strong>r a aliviar o estresse, a ansie<strong>da</strong>de e a depressão.8, 9, 10 Essas<br />

tribos de “bactérias boas” que moram no seu intestino e auxiliam a digestão são<br />

estimula<strong>da</strong>s e nutri<strong>da</strong>s pelos probióticos. Eles desempenham um papel na<br />

produção, na absorção e no transporte de substâncias neuroquímicas como a<br />

serotonina, a dopamina e o fator de crescimento nervoso, essenciais para um<br />

cé​re​bro sau​dá​vel e para a fun​ção ner​vo​sa.<br />

Compreender como isso acontece requer uma aula rápi<strong>da</strong> sobre a ciência<br />

<strong>da</strong> comunicação do “cérebro <strong>da</strong> microflora intestinal”.11 É fato que o intestino é<br />

o seu “segundo cérebro”.12 É uma área de pesquisas atuantes e fascinantes, e<br />

muitas delas, nos últimos anos, demonstraram a existência de uma via de<br />

comunicação íntima entre o cérebro e o sistema digestório. Por esse canal de<br />

mão dupla, o cérebro recebe informações sobre o que está ocorrendo em seu<br />

intestino, enquanto o sistema nervoso central envia informação de volta ao<br />

in​tes​ti​no, para ga​ran​tir o fun​ci​o​na​men​to ide​al.<br />

Essa transmissão em vaivém nos possibilita controlar o comportamento<br />

alimentar e a digestão, e até mesmo ter um sono reparador à noite. O intestino<br />

também envia sinais hormonais que transmitem ao cérebro sensações de<br />

sacie<strong>da</strong>de, fome e até dor provoca<strong>da</strong> por inflamação intestinal. Nas doenças e<br />

ma​les que afe​tam o in​tes​ti​no, como do​en​ça<br />

celíaca não controla<strong>da</strong>, síndrome do intestino irritável ou doença de Crohn, o<br />

intestino pode ter uma influência decisiva no bem-estar — como nos sentimos,<br />

se dormimos bem, qual o nosso nível de energia, quanta dor sentimos e até<br />

como pensamos. Atual<strong>mente</strong>, os pesquisadores estão investigando o possível<br />

papel de algumas cepas de bactérias intestinais sobre a obesi<strong>da</strong>de, desordens<br />

gastrointestinais funcionais e inflamatórias, dores crônicas, autismo e<br />

depressão. Também estão investigando o papel que essas bactérias<br />

de​sem​pe​nham em nos​sas emo​ções.13<br />

Esse sistema é tão intrincado e influente que a saúde do nosso intestino<br />

pode ter um papel em nossa percepção geral de saúde maior do que jamais<br />

imaginamos. As informações processa<strong>da</strong>s pelo intestino e envia<strong>da</strong>s ao cérebro<br />

têm tudo a ver com nossa sensação de bem-estar. E se pudermos auxiliar esse<br />

sistema, simples<strong>mente</strong> ingerindo os colaboradores mais importantes do<br />

intestino — bactérias intestinais saudáveis —, por que não? Embora vários<br />

alimentos — como o iogurte e certas bebi<strong>da</strong>s — hoje sejam fortificados com<br />

probióticos, esses produtos costumam vir com muito açúcar. O ideal é<br />

conseguir probióticos através de suplementos que ofereçam uma boa varie<strong>da</strong>de<br />

de estirpes (pelo menos dez), incluindo lactobacillus acidophilus e bi​fi​do​bac​te​rium, e<br />

que con​te​nham pelo me​nos 10 bi​lhões de bac​té​ri​as ati​vas por cáp​su​la.

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