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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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112com o suco obtido da prensagem de uvas tintas e levado <strong>para</strong> fermentar sem ascascas.Em relação a<strong>os</strong> teores de açúcar, <strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> classificam-se, segundoo Regulamento Vitivinícola do Merc<strong>os</strong>ul, em sec<strong>os</strong> (até 4g de açúcar por litro),demi-sec, meio seco ou meio doce (mais de 4 até 25g de açúcar) e suave oudoce (superior a 25g e até 80g de açúcar por litro). Já a lei do vinho brasileirasubdivide-<strong>os</strong> em brut; extra-seco; seco, ou sec ou dry; meio seco; meio doce oudemi-sec; suave; e doce.Quando as condições climáticas não p<strong>os</strong>sibilitam a formação de açúcarsuficiente na uva, é permitida a sua adição ao m<strong>os</strong>to, <strong>para</strong> elevar o teor alcoólicodo vinho. Essa prática, conhecida como "chaptalização", é usada <strong>para</strong> corrigireventuais deficiências <strong>no</strong> conteúdo de açúcar e está contemplada <strong>no</strong> RegulamentoVitivinícola do Merc<strong>os</strong>ul, mas não é permitida na Argentina.A qualidade do vinho depende, e muito, da qualidade da uva utilizada comomatéria-prima, que está diretamente relacionada às condições do solo e doclima, dentre outras. Em geral, a qualidade da matéria-prima é, de certa forma,inversa à sua quantidade na parreira, pois as que produzem muito não permitem,muitas vezes, a intensidade da cor da uva necessária a um bom vinho, sendoimportante as podas. Então, o custo de produzir a uva européia, <strong>para</strong> ser usadana elaboração do vinho fi<strong>no</strong>, é mais elevado, mas este é comercializado a ummaior preço.Para <strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> do vinho, a busca simultânea da qualidade e de maiorquantidade de uvas constitui-se em um <strong>para</strong>doxo, o qual é intensificado emregiões onde o custo da terra é alto. Quanto mais cara a terra, o cultivo da uvatorna-se mais oner<strong>os</strong>o, o que aumenta o incentivo <strong>para</strong> obter maiores quantidadespor hectare, <strong>para</strong> cobrir <strong>os</strong> cust<strong>os</strong>. Mas, <strong>para</strong> um bom vinho, é preciso me<strong>no</strong>rprodução por hectare; <strong>os</strong> melhores vinh<strong>os</strong>, feit<strong>os</strong> das melhores uvas, sãonecessariamente mais car<strong>os</strong> (Mcleod, 1998).A qualidade do vinho também está diretamente relacionada a<strong>os</strong> avanç<strong>os</strong>e<strong>no</strong>lógic<strong>os</strong> e tec<strong>no</strong>lógic<strong>os</strong> de produção, processamento e armazenamento doproduto. Várias vinícolas têm incorporado o uso de máquinas sofisticadas, taiscomo <strong>no</strong>v<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de filtr<strong>os</strong>, de engarrafadeiras, de tanques e de barricas, dentreoutras. O uso de tanques de aço i<strong>no</strong>xidável, ao invés de tonéis de madeira,permite o controle artificial da temperatura de fermentação, fazendo com que aprodução deixe de ser tão dependente das condições climáticas.Todavia existem aqueles conheciment<strong>os</strong> tradicionais acumulad<strong>os</strong> etransmitid<strong>os</strong> de geração em geração, que podem p<strong>os</strong>sibilitar produt<strong>os</strong>diferenciad<strong>os</strong>, onde a conjugação do moder<strong>no</strong> e do tradicional tem resultado emvinh<strong>os</strong> de qualidade, em geral nas pequenas vinícolas.

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