13.07.2015 Views

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

212Portanto, o incremento das exportações é relevante <strong>para</strong> as vinícolasuruguaias obterem dólares necessári<strong>os</strong> <strong>para</strong> o pagamento das dívidas e <strong>para</strong> seresguardarem em caso de desvalorização do peso. Quando a receita e a dívidada empresa são na mesma moeda, há a p<strong>os</strong>sibilidade de a vinícola se defenderdas <strong>os</strong>cilações cambiais que porventura ocorram.Como, “(...) atualmente, <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> são difíceis e muito car<strong>os</strong>”(Jorge/T<strong>os</strong>canini), as vinícolas utilizam-se de financiament<strong>os</strong> apenas quandonecessári<strong>os</strong> e <strong>para</strong> atividades específicas, em especial <strong>para</strong> financiar asexportações e/ou o capital de giro, como relatado pela T<strong>os</strong>canini, pela Irurtia epela Carrau.No Uruguai, de 1999 a 2001, apenas uma empresa apresentou crescimentode faturamento e de rentabilidade, pois a rentabilidade <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong> “(...)diminuiu muito n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, devido à crise conjuntural que passa a eco<strong>no</strong>miado Uruguai” (Elizabeth/Aria<strong>no</strong>).Já <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong> triênio 1999-01, excetuando a De Lantier, todas as demaistiveram incremento de faturamento, o mesmo não ocorrendo com a rentabilidade,que variou, entre as vinícolas entrevistadas, de grande crescimento (Miolo) atédecréscimo (De Lantier).Duas empresas destacaram a importância de pagar as dívidas existentes,sendo que, <strong>no</strong> caso da Aurora, através da aplicação d<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> d<strong>os</strong> associad<strong>os</strong>.“Hoje, a estratégia financeira é manter a empresa n<strong>os</strong> trilh<strong>os</strong> e pagaras contas. A empresa vem dando resultado n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, e <strong>os</strong>associad<strong>os</strong> estão utilizando <strong>os</strong> dividend<strong>os</strong> <strong>para</strong> pagar as dívidas. E aempresa se recuperou daquela crise do final d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 90.” (Za<strong>no</strong>tto//Aurora).“Apenas estam<strong>os</strong> pagando as n<strong>os</strong>sas contas, isto é, <strong>os</strong> financiament<strong>os</strong><strong>para</strong> investiment<strong>os</strong>.” (Nelson/Aria<strong>no</strong>).Portanto, a estratégia de uso preponderante do capital próprio foi adotadatendo em vista as alterações do macroambiente, como as restrições de crédit<strong>os</strong>bancári<strong>os</strong>, ao mesmo tempo em que as taxas de jur<strong>os</strong> se elevaram, bem comopela alteração nas taxas de câmbio vigentes n<strong>os</strong> respectiv<strong>os</strong> países, queencareceu <strong>os</strong> financiament<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> ou captad<strong>os</strong> em dólares. Mais do queuma estratégia planejada ou pretendida, ela foi realizada devido às alteraçõesdo ambiente exter<strong>no</strong> às empresas, ou seja, emergiu, tendo em vista <strong>os</strong> event<strong>os</strong>inesperad<strong>os</strong>.Já a estratégia de amortização das dívidas é resultado de diferentescircunstâncias na Aurora e na Aria<strong>no</strong>, devido às distintas situações por que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!