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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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1675.1.3 - Uma visão conjunta das empresasAtravés dessa breve caracterização das empresas, pode-se observar que,em todas as empresas uruguaias e em três empresas brasileiras de propriedadefamiliar, houve um conjunto de condicionantes históric<strong>os</strong> e culturais queinfluenciaram a formação e a evolução inicial das empresas analisadas.Em nenhum momento, foi objetivo desta pesquisa estudar a história dasempresas, o que sairia do foco da pesquisa. Todavia, <strong>no</strong> decorrer das entrevistas,foram destacadas as origens das empresas. <strong>As</strong> vinícolas familiares foramfundadas por imigrantes ou descendentes de imigrantes italian<strong>os</strong> ou espanhóis,que viviam, em seus países de origem, da produção vitivinícola.Já a Aurora, apesar de se distinguir das demais pelo fato de ser umacooperativa, em sua origem apresentou uma situação similar, ou seja, foiestabelecida por um grupo de famílias ligadas à vitivinicultura, também deimigrantes ou de seus descendentes. Dado que a cultura não é característicade uma pessoa, mas do grupo que é condicionado pelo mesmo tipo de educaçãoe experiência de vida, a cultura desses imigrantes influenciou as empresas.Segundo Barney (1995), a história das empresas tem significativaimportância, pois m<strong>os</strong>tra como evoluem as empresas, como elas adquiremhabilidades, capacidades e recurs<strong>os</strong>, que são únic<strong>os</strong> e que refletem o caminhoparticular de cada empresa, incluindo suas experiências e relações. Além disso,como já referenciado na parte teórica, as decisões estratégicas são muitoinfluenciadas pela história da empresa e pelas vivências d<strong>os</strong> seus administradores,“(...) que filtram as informações externas e interpretam as capacidades internas.<strong>As</strong>sim, esse ‘direcionamento’ tácito, que dá origem à estratégia, é o produto deuma rede de pressup<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, crenças e valores (...)” (Johnson, 1999a, p. 444).No caso da De Lantier, a situação difere, pois se tratou da instalação inicialde uma divisão de vinh<strong>os</strong> de uma multinacional, cujo objetivo era a elaboraçãodo vinho base <strong>para</strong> o vermute, que é um produto vinícola, transacionado <strong>no</strong>mercado inter<strong>no</strong> com a estratégia de marca global. Recentemente, foitransformada em uma unidade de negóci<strong>os</strong>, e seu diretor, que é o mesmo emtodo o período de existência, também é um imigrante, que imprimiu seu estilogerencial. Nessas circunstâncias, é p<strong>os</strong>sível que a cultura da sociedade, quedefine como as pessoas fazem as coisas e representa valores compartilhad<strong>os</strong>,segundo Hickson e Pugh (1995), juntamente com outr<strong>os</strong> fatores, como a culturado executivo do topo, tenham influenciado nas estratégias adotadas pela vinícola,as quais precisam da aprovação da Bacardi-Martini do <strong>Brasil</strong>.

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