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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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139cooperativas é um setor quebrado” (B, 1). Algumas fecharam, outras apresentamgrandes dificuldades financeiras, com destaque a<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> tributári<strong>os</strong>, ehá ainda aquelas que estão pagando dívidas contraídas <strong>no</strong> passado, como aCooperativa Aurora, sendo que apenas poucas estão bem. Já a falência e/ou asituação concordatária de algumas importantes vinícolas foram explicadas muitomais por problemas gerenciais do que de mercado, sendo salientado que “(...)as empresas grandes que faliram foi devido à estagnação, tanto na mentalidadegerencial quanto <strong>no</strong> nível tec<strong>no</strong>lógico” (B, 5).4.2.2 - A abertura de mercad<strong>os</strong>e as importaçõesA redução e/ou a eliminação tarifária, por um lado, facilitou às empresas oacesso a<strong>os</strong> insum<strong>os</strong> utilizad<strong>os</strong> a preç<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> daqueles praticad<strong>os</strong> <strong>no</strong>mercado internacional. Mas, por outro, afetou o mercado inter<strong>no</strong> de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>,de forma muito mais acentuada <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> do que <strong>no</strong> Uruguai.Segundo <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong> de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países, a abertura da eco<strong>no</strong>mia eo Merc<strong>os</strong>ul obrigaram as empresas a ficarem mais atentas ao mercado inter<strong>no</strong>e a aumentarem a qualidade d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> produzid<strong>os</strong>, tendo em vista aentrada de vinh<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>, em especial de países extrabloco. Contudo,enquanto, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, a relação vinh<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>/vinh<strong>os</strong> nacionais aumentousubstancialmente, o mesmo não ocorreu <strong>no</strong> Uruguai, cuja maior pressão foiobservada sobre <strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> comuns.O incremento continuado das importações de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> pelo <strong>Brasil</strong> éexplicado, em parte, pelo fato de a demanda interna ser superior à produçãonacional, decorrente da escassez da uva tinta. Também o preço do importadode mesma categoria é inferior ao do nacional, devido ao incremento do preço dauva tinta <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong> e houve uma diminuição <strong>no</strong> preço d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>pelo <strong>Brasil</strong>, em vista da existência de elevad<strong>os</strong> estoques internacionais,ao mesmo tempo em que as importações em maior volume propiciam melhorespreç<strong>os</strong>.Segundo um d<strong>os</strong> especialistas, “(...) vale a pena importar, porque existeum mercado crescente de consumo de vinho e (...) a produção é limitada <strong>para</strong>vinh<strong>os</strong> bons. E compensa, porque hoje <strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> nacionais ainda são muitocar<strong>os</strong>” (B, 7). Igualmente, foi salientado que <strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>, muitas vezes, compramo vinho importado “(...) porque têm o conceito, já de muito tempo, de que oimportado é bom (...)” (B, 1) e “(...) consumir importado ainda é uma questão destatus, é um problema de cultura” (B, 5).

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