13.07.2015 Views

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

195anteriormente. Isso deve-se ao fato de que a escolha da área fronteiriça — Rivera(Uruguai) <strong>para</strong> a instalação da Carrau e Santana do Livramento (<strong>Brasil</strong>) <strong>para</strong> <strong>os</strong>vinh<strong>os</strong> Almadén — foi fruto de um projeto de investigação realizado em colaboraçãocom a Universidade da Califórnia, durante <strong>os</strong> an<strong>os</strong> de 1974 e 1975, <strong>no</strong> sul do<strong>Brasil</strong>, dirigido por Juan Carrau Pujol, que foi o fundador d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> Carrau, em1976. Portanto, a ampliação da fronteira vitícola do <strong>Brasil</strong> e do Uruguai ocorreu<strong>para</strong> a mesma área e de forma simultânea.Quanto a<strong>os</strong> <strong>no</strong>v<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> <strong>para</strong> ampliar o portfólio, verificou-se, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>e <strong>no</strong> Uruguai, a ocorrência tanto da produção de vinh<strong>os</strong> de maior valor agregadoe preço, como citado acima, como a produção de vinh<strong>os</strong> mais jovens e/ou depreç<strong>os</strong> mais acessíveis, alguns com embalagens me<strong>no</strong>res, <strong>para</strong> atender aomercado inter<strong>no</strong>, devido à diminuição do consumo de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, tendo emvista a redução do poder aquisitivo de ambas as populações.O desenvolvimento de <strong>no</strong>v<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> pode permitir a segmentação demercad<strong>os</strong> e/ou a abrangência de <strong>no</strong>v<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, e essas i<strong>no</strong>vações em produt<strong>os</strong>podem ser fundamentais <strong>para</strong> a viabilidade da firma, em longo prazo, n<strong>os</strong>mercad<strong>os</strong>. A necessidade de constantes i<strong>no</strong>vações d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> é resultanteda própria dinâmica do mercado, impulsionada por alterações nas preferênciase n<strong>os</strong> hábit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> consumidores, como ocorreu com o maior incremento dademanda por vinho tinto, e pelo acréscimo da pressão competitiva, que estimulaa oferta de <strong>no</strong>v<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de vinh<strong>os</strong> n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>.Portanto, em amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países, foram citad<strong>os</strong> o uso da estratégia dadiferenciação <strong>para</strong> produt<strong>os</strong> superiores e a de me<strong>no</strong>r custo <strong>para</strong> produt<strong>os</strong> básic<strong>os</strong>ou intermediári<strong>os</strong>, como fala um d<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>: “Em uma linha de vinh<strong>os</strong> depreço intermediária, com qualidade intermediária, o preço é determinante. Ouseja, o consumidor compra muito pelo preço. Na linha mais alta d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>premium ou ‘ultrapremium’, o preço passa a ser secundário” (Andres/T<strong>os</strong>canini).De acordo com tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, a diferenciação do produto é umaestratégia muito usual, e tod<strong>os</strong> consideram seu vinho diferenciado por distintasrazões: por ser mais envelhecido (De Lantier); por ser resultante de uma matéria--prima de melhor qualidade (Aurora); por p<strong>os</strong>suir uma relação preço/qualidademuito boa; por ter uma identidade própria e ser baseado <strong>no</strong> terroir (Miolo); porproduzir vinh<strong>os</strong> com qualidade comprovada, p<strong>os</strong>suindo a certificação ISO 9000(Carrau); por produzir vinh<strong>os</strong> muito encorpad<strong>os</strong> e com muito tani<strong>no</strong> (T<strong>os</strong>canini);por produzir vinh<strong>os</strong> mais jovens e aromátic<strong>os</strong> (Aria<strong>no</strong>); por p<strong>os</strong>suir certificaçãode procedência (Miolo, Cordelier, Aria<strong>no</strong>, Carrau, Irurtia e T<strong>os</strong>canini).A diferenciação foi mais destacada pelas duas empresas que só produzemvinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, ou seja, a Carrau e a Miolo. Nesta última, foi afirmando que,“(...) em cada região, farem<strong>os</strong> um vinho diferente, segundo o terroir. São realida-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!