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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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154Ainda <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, as instituições da área do vinho são percebidas comopouco expressivas, havendo muitas críticas, por não estarem cumprindo o papel<strong>para</strong> o qual foram criadas. Mas, sobretudo, não existe uma maior cooperaçãoentre as empresas, de acordo com alguns entrevistad<strong>os</strong>, porque existe uma“cultura de desconfiança” entre <strong>os</strong> própri<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong>.Os expert<strong>os</strong> de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países concordam que algumas empresas, comoas grandes e as envolvidas n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> extern<strong>os</strong>, têm estratégias e outrasnão, sendo salientado o relevante papel do Inavi em relação às estratégias demarketing <strong>para</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> extern<strong>os</strong>, as quais são seguidas por todas asempresas exportadoras uruguaias.Do exp<strong>os</strong>to, conclui-se que o segmento de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> do Uruguai soubeaproveitar melhor as oportunidades propiciadas pela globalização <strong>para</strong> se inserir<strong>no</strong> mercado exter<strong>no</strong>. A adoção de uma estratégia setorial, em função dasp<strong>os</strong>sibilidades apresentadas, tem propiciado uma maior inserção d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>fin<strong>os</strong> uruguai<strong>os</strong> na eco<strong>no</strong>mia mundial, apesar de sua ainda pequenarepresentatividade. Esse processo implicou alguns risc<strong>os</strong>, originad<strong>os</strong> de <strong>no</strong>vasfontes de instabilidade comercial, <strong>os</strong> quais foram, em parte, amenizad<strong>os</strong> pelaformação de alianças estratégicas com grandes empresas estrangeirasprodutoras e/ou distribuidoras de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, em especial na Europa, e pelagrande colaboração entre as empresas produtoras através das suas instituições.Se a abertura das eco<strong>no</strong>mias pode ampliar o risco comercial, pois asempresas ficam mais exp<strong>os</strong>tas às variações de oferta e a<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>internacionais, o maior problema é o de risc<strong>os</strong> de exclusão das empresas nãoadequadamente pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong> as fortes demandas de competitividade, própriasdo mundo contemporâneo globalizado. Nesse sentido, Dawar e Fr<strong>os</strong>t (1999)chamam atenção <strong>para</strong> a importância de o empresário doméstico ser perspicazquanto a<strong>os</strong> seus recurs<strong>os</strong> competitiv<strong>os</strong>, <strong>para</strong> poder defender o seu mercadointer<strong>no</strong> das pressões da globalização e/ou ampliá-lo através de exportações.O relevante papel da estratégia setorial do vinho <strong>no</strong> Uruguai, com um pla<strong>no</strong>de marketing que especifica <strong>os</strong> principais mercad<strong>os</strong> de entrada, com acoordenação do Inavi, envolve a partilha de informações, de responsabilidades ede esforç<strong>os</strong>. Sabe-se que o Gover<strong>no</strong> pode ter uma participação importante namanutenção ou na criação de vantagens competitivas. Porter (1993) ressaltaque <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> podem influir sobre as condições d<strong>os</strong> fatores, através deinformações sobre mercad<strong>os</strong>, tec<strong>no</strong>logia, competição, etc., bem como atravésde subsídi<strong>os</strong> <strong>para</strong> tentar influenciar <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> d<strong>os</strong> fatores, ressaltando que <strong>os</strong>subsídi<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> são benéfic<strong>os</strong> apenas se cobrirem uma fração modesta docusto em questão e se forem utilizad<strong>os</strong> como sinais de direção <strong>para</strong> ocomportamento empresarial. E isso é o que ocorreu <strong>no</strong> Uruguai, pois, conformeum d<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>,

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