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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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115às colônias espanholas da América do Sul, em especial, à Argentina e ao Chile.Só mais tarde, foi introduzido <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e <strong>no</strong> Uruguai.Apesar de consideravelmente difundido, o processo de produção d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>só foi explicado <strong>no</strong> início do século XIX, com as pesquisas do francês LuísPasteur, que comprovou que a fermentação era provocada pelas leveduras, quesão microorganism<strong>os</strong> de origem vegetal. Essa descoberta foi fundamental <strong>para</strong>o desenvolvimento da e<strong>no</strong>logia moderna, que, aliada a <strong>no</strong>v<strong>os</strong> desenvolviment<strong>os</strong>tec<strong>no</strong>lógic<strong>os</strong>, <strong>no</strong> século XX, contribuiu <strong>para</strong> a melhoria da qualidade do vinho.Ainda na segunda metade do século XIX, em especial na década de 70,ocorreu na Europa uma doença <strong>para</strong>sitária nas videiras, provocada pelo insetoPhylloxera vastatrix, cuja larva ataca as raízes, dizimando praticamente todasas videiras européias (Johnson,1999b). Essa mesma doença também extermi<strong>no</strong>uparte d<strong>os</strong> parreirais da América do Sul, como <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e <strong>no</strong> Uruguai.4.1.2.2 - A história do vinho <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><strong>As</strong> videiras européias <strong>para</strong> a produção de vinho foram trazidas <strong>para</strong> o <strong>Brasil</strong>da Ilha da Madeira, em 1532, pelo donatário português Martim Afonso de Souza.Nessa expedição, encontrava-se Brás Cubas, que iniciou a produção de vinhoem 1551, <strong>no</strong> atual Estado de São Paulo.No século XVII, a plantação de videiras européias foi introduzida pel<strong>os</strong>jesuítas na região das Missões, <strong>no</strong> sul do <strong>Brasil</strong>, sendo extinta com a destruiçãodas reduções jesuíticas, na década de 30 desse mesmo século (Vinho, 2001).Mas a dificuldade de adaptação de variedades viníferas impediu a disseminaçãoda vitivinicultura <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Como decorrência, n<strong>os</strong> dois sécul<strong>os</strong> seguintes, foramintroduzidas as castas americanas. No último quarto do século XIX, com aintensificação da imigração, principalmente italiana, a vinicultura desenvolveu--se <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, com destaque <strong>para</strong> o Rio Grande do Sul.4.1.2.2.1 - A produção de vinho <strong>no</strong> Rio Grande do SulO cultivo das videiras começou <strong>no</strong> Estado, <strong>no</strong> século XVII, com <strong>os</strong> jesuítas,e foi retomado em 1742, com a chegada d<strong>os</strong> açorian<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> madeirenses, quese fixaram em Rio Grande e em Porto Alegre. A chegada d<strong>os</strong> imigrantes alemães,em 1824, com <strong>no</strong>vas cepas de videiras européias, deu um <strong>no</strong>vo impulso àprodução. Entretanto, só em 1840, quando foi introduzida <strong>no</strong> Rio Grande do Sula videira americana Isabel, a produção de vinho, inicialmente <strong>para</strong> consumo

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