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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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179Como todas as decisões são tomadas em conjunto, as estratégias, umavez definidas, contam com recurs<strong>os</strong> <strong>para</strong> sua implementação, “(...) pois aplicam<strong>os</strong><strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> da empresa (...) <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> são a principal fonte <strong>para</strong> <strong>no</strong>v<strong>os</strong>investiment<strong>os</strong>” (Adria<strong>no</strong>/Miolo). Também não encontram resistências <strong>para</strong> seremimplementadas, cuja responsabilidade é delegada <strong>para</strong> as respectivas áreasenvolvidas, até porque não ocorrem alterações radicais. Além disso, acomunicação flui de maneira muito rápida na empresa, e tod<strong>os</strong>, a partir daformalização do planejamento estratégico, recebem uma cópia <strong>para</strong> ficaremperfeitamente sintonizad<strong>os</strong> com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> e as metas da empresa. Esseplanejamento é reavaliado anualmente.Na Miolo, as estratégias foram deliberadas. “A empresa já tem definido asestratégias. Esta é a minha tese [de doutorado].” (Adria<strong>no</strong>/Miolo).5.2.1.2 - Estratégias <strong>no</strong> UruguaiOs entrevistad<strong>os</strong>, em geral, pareceram pouco preocupad<strong>os</strong> com asimportações de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, uma vez que estas vêm decrescendo n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong>an<strong>os</strong>. Essa redução foi explicada, pel<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, por um conjunto de medidasadotadas internamente: as importações foram reguladas pelo Inavi, com “(...)um controle muito grande do vinho importado em relação à qualidade e outrasbarreiras não tarifárias (...) E o vinho fi<strong>no</strong> que entra tanto da Argentina como do<strong>Brasil</strong>, em geral, tem um preço mais elevado do que o uruguaio” (Elisabeth//Aria<strong>no</strong>). Foi também realizada uma ampla campanha publicitária <strong>para</strong> melhorara imagem do vinho fi<strong>no</strong> nacional e ampliar o seu consumo.Contudo é importante ressaltar que o grande incremento das importaçõesde vinh<strong>os</strong> de mesa, a preç<strong>os</strong> inferiores a<strong>os</strong> praticad<strong>os</strong> <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>, alterouas estratégias das empresas, que também produziam ou que poderiam produzirvinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, como em três das empresas entrevistadas: Vinícolas Aria<strong>no</strong>, Irurtiae T<strong>os</strong>canini.Na segunda metade da década de 80, proliferaram <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> bilaterais,tais como o Programa de Integração e Cooperação Econômica, entre <strong>Brasil</strong> eArgentina; o Programa de Expansão Comercial, entre <strong>Brasil</strong> e Uruguai; e oConvênio Argenti<strong>no</strong>-Uruguaio de Cooperação Econômica, entre Uruguai eArgentina (Teruchkin, 1992). Esses acord<strong>os</strong> comerciais tinham por objetivo aabertura seletiva d<strong>os</strong> respectiv<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, o que estimulou as transações entreesses países, em especial com a Argentina, grande produtora de vinh<strong>os</strong>. Com aformação do Merc<strong>os</strong>ul e a decorrente redução tarifária, as importações de vinh<strong>os</strong>comuns da Argentina aumentaram sobremaneira, pois entravam <strong>no</strong> País a preç<strong>os</strong>extremamente baix<strong>os</strong>, devido às elevadas eco<strong>no</strong>mias de escala em algumas

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