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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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211Todas as empresas, tanto <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> como <strong>no</strong> Uruguai, utilizam pouc<strong>os</strong>recurs<strong>os</strong> do sistema financeiro, e a estratégia de uso de recurs<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> émuito mais por uma situação de conjuntura econômica, devido às elevadas taxasde jur<strong>os</strong> em amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, do que por opção. A exceção fica por conta daDe Lantier, que pode contar com <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> da corporação, desde que estaconsidere importante. Por conseguinte, não foi uma estratégia deliberada. Parapoderem trabalhar com recurs<strong>os</strong> própri<strong>os</strong>, é indispensável que as empresasaumentem o faturamento e o lucro, pois só assim poderão amortizar <strong>os</strong>financiament<strong>os</strong> e/ou as dívidas passadas e reinvestir <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> em <strong>no</strong>v<strong>os</strong>investiment<strong>os</strong>.No <strong>Brasil</strong>, as empresas relataram grandes dificuldades <strong>para</strong> obtenção derecurs<strong>os</strong> <strong>para</strong> ampliação e/ou construção das instalações, como <strong>no</strong> caso daCordelier e da Salton, que tinham tratado de obter financiamento junto a banc<strong>os</strong>de desenvolvimento, <strong>os</strong> quais, com a troca do Gover<strong>no</strong> Estadual, em 1999,acabaram não saindo. Entretanto elas têm se utilizado de recurs<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong>,em especial <strong>para</strong> <strong>os</strong> financiament<strong>os</strong> de máquinas e equipament<strong>os</strong>. Mas todasas empresas salientaram a relevância d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> própri<strong>os</strong>. Na Miolo, foidestacado que “(...) <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> captad<strong>os</strong> em banc<strong>os</strong> não chegam a 10% d<strong>os</strong>investiment<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> pela empresa. Nós fazem<strong>os</strong> a aplicação d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>”(Adria<strong>no</strong>/Miolo).A De Lantier, que é a única vinícola que faz parte de uma empresamultinacional, só utiliza recurs<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> da empresa. “Estes recurs<strong>os</strong> sãocomprometid<strong>os</strong> através de um orçamento anual, de onde parte do que se faturavai <strong>para</strong> investiment<strong>os</strong>” (Lona/De Lantier). De acordo com o seu Diretor, a Bacardi--Martini do <strong>Brasil</strong> investe cerca de 20% de seu faturamento em marcas. Mas aDe Lantier não vinha recebendo esse percentual <strong>para</strong> investimento, situaçãoesta que foi alterada com a criação da Unidade de Negóci<strong>os</strong> de Vinho. “Agora,reconhecendo a importância do vinho, eles começaram a liberar mais recurs<strong>os</strong>.(...) E o sentimento da unidade é que este valor pode ser aumentado muito (...)”(Lona/De Lantier).No Uruguai, devido ao processo de reconversão de vinhed<strong>os</strong> e das vinícolas,as empresas realizaram um grande volume de investiment<strong>os</strong>, parte d<strong>os</strong> quaisfinanciad<strong>os</strong> pelo Inavi. <strong>As</strong> vinícolas, em geral, recorreram a<strong>os</strong> financiament<strong>os</strong>bancári<strong>os</strong>, tomando empréstim<strong>os</strong> em dólares, a taxas de jur<strong>os</strong> baixas na época,<strong>os</strong> quais estão sendo amortizad<strong>os</strong> atualmente. Porém, com a desvalorizaçãodo peso em relação ao dólar, o comprometimento das receitas com <strong>os</strong> banc<strong>os</strong>aumentou sobremaneira, dificultando a situação financeira das vinícolas: “(...)pegam<strong>os</strong> financiament<strong>os</strong> em dólar, o que foi nefasto <strong>para</strong> a empresa. A moedainterna se desvalorizou, e a dívida mais do que duplicou” (Nelson/Aria<strong>no</strong>).

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