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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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141Os perit<strong>os</strong> uruguai<strong>os</strong> também salientaram a importância do planejamentoestratégico setorial, em especial do Pla<strong>no</strong> de Marketing <strong>para</strong> o mercado exter<strong>no</strong>,elaborado em conjunto com o Inavi. Nele, constam <strong>os</strong> principais mercad<strong>os</strong> esalienta-se a importância da uva Tannat como estratégia de entrada de vinh<strong>os</strong>fin<strong>os</strong> em <strong>no</strong>v<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, produzid<strong>os</strong> como vinho varietal ou como vinho decorte, uma vez que “(...) este é o país que mais produz Tannat” (U, 4).Para promover as exportações <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2002, o Inavi aumentou a taxa dearrecadação vitivinícola, visando subsidiar as exportações, seja na aquisição deuvas por empresas, que se comprometem a exportar, seja diretamente as vinícolasexportadoras, seja na promoção d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> uruguai<strong>os</strong> <strong>no</strong> exterior. Também foiressaltado o importante papel da união d<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> na participação deevent<strong>os</strong> internacionais, na abertura de <strong>no</strong>v<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> e nas divulgações <strong>para</strong> amanutenção desses mercad<strong>os</strong>. Essas atividades são promovidas e parcialmentesubsidiadas pelo Inavi, o qual foi muito destacado pel<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, pelo seurelevante papel.N<strong>os</strong> dois países, a principal estratégia de entrada n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>internacionais é a participação em feiras e concurs<strong>os</strong>, onde amb<strong>os</strong> têm recebidoprêmi<strong>os</strong>. Destaca-se, ainda <strong>no</strong> Uruguai, a formação de parcerias com empresasestrangeiras, visando ampliar as exportações.No Uruguai, vári<strong>os</strong> expert<strong>os</strong> salientaram que “(...) <strong>para</strong> incrementar asexportações, muitas vinícolas, visando atender a alguns mercad<strong>os</strong>, trouxeramenólog<strong>os</strong> do exterior. O objetivo era adaptar o vinho ao padrão do consumidorexter<strong>no</strong>” (U, 7). No <strong>Brasil</strong>, isso não foi destacado.A irrisória quantidade exportada pelo <strong>Brasil</strong> n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> é explicadade diversas maneiras: pela falta de produção, devido ao grande tamanho domercado inter<strong>no</strong>; por um problema de falta de competência, segundo alguns,pois “(...) chegam<strong>os</strong> a exportar um milhão de caixas, e perdem<strong>os</strong> este mercado<strong>para</strong> quem era mais competitivo e agora vam<strong>os</strong> ser competitiv<strong>os</strong>, por quê? Oque é que mudou?” (B, 4) “Nós já tivem<strong>os</strong>, <strong>no</strong> passado, exportações bastantesignificativas e não fom<strong>os</strong> capazes de manter” (B, 5). Nesse caso, <strong>os</strong> expert<strong>os</strong>estavam referindo-se ao rompimento do contrato da Cooperativa Aurora com umparceiro exter<strong>no</strong>. Ainda foi manifestado que as reduzidas exportações ocorremou porque “(...) não existe ambição, não existe discernimento <strong>para</strong> se criar umapolítica exportadora” (B, 1), ou pela falta de uma clara definição da estratégia deentrada n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> e de recurs<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>.A interrupção das exportações d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> Marcus James pela Aurora foisempre comentada de forma implícita, como citado <strong>no</strong> parágrafo anterior, excetopor um d<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, que se manifestou explicando-a como um problemaeminentemente de preço, em decorrência da alteração cambial:

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