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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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54Porém a estratégia válida dentro de um conjunto de objetiv<strong>os</strong> pode perdersua validade quando estes se modificam. <strong>As</strong> origens de tal mudança podem serinternas, como uma alteração n<strong>os</strong> valores e nas relações de poder, bem comoexternas, em conseqüência, por exemplo, de <strong>no</strong>vas exigências imp<strong>os</strong>tas àorganização pela sociedade.Na década de 70, ocorreram modificações muito rápidas e de grandemagnitude n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, na concorrência, <strong>no</strong> nível tec<strong>no</strong>lógico e na diversificaçãode negóci<strong>os</strong>. Esse contexto impôs às empresas uma maior preocupação comas questões estratégicas, e o planejamento estratégico deliberado, tal comoera concebido até então, tor<strong>no</strong>u-se inócuo. Dada a imp<strong>os</strong>sibilidade de controled<strong>os</strong> fatores extern<strong>os</strong> e a imprevisibilidade do futuro, surgiu o planejamento comoum processo emergente de um conjunto de decisões e ações. Mesmo assim,houve grandes críticas a esse processo.O uso do planejamento <strong>para</strong> a adoção de uma estratégia foi contestado porHamel (1996), Quinn e Voyer (2001) e Mintzberg (1994a, 1994b), dentre outr<strong>os</strong>.Para eles, a incapacidade de diferenciar o planejamento da estratégia foi umadas causas do fracasso de muitas empresas. O planejamento é apenas umaatividade de programação, que articula as estratégias já existentes em plan<strong>os</strong>formais e analític<strong>os</strong>, construíd<strong>os</strong> sobre categorias que existem na organização.Além disso, conforme Mintzberg (1994a, 1994b), o planejamento estratégicoreduz o poder d<strong>os</strong> administradores sobre a elaboração de estratégias, devido àsua formalização, que falha por sua incapacidade de predizer as descontinuidadese desencoraja o aprendizado, ao não reconhecer as qualidades emergentes daestratégia. Considera, ainda, que a se<strong>para</strong>ção entre a formulação e aimplementação do planejamento é falaci<strong>os</strong>a, pois são process<strong>os</strong> inter--relacionad<strong>os</strong>.O aumento do mercado foi considerado por muitas empresas, n<strong>os</strong> an<strong>os</strong>70, como o meio aparentemente ilimitado do crescimento corporativo, e, comoresultado, a ênfase <strong>no</strong> mercado atrativo tor<strong>no</strong>u-se o componente mais importanteda estratégia empresarial. Essa mudança de perspectiva na estratégia foiacompanhada por modificação na estrutura corporativa, com a formação degrandes organizações conglomeradas, formadas, principalmente, por aquisiçõesexternas. Segundo Varadarajan, Jayachandran e White (2001), a fil<strong>os</strong>ofiacorporativa de crescimento era focada nas sinergias financeiras, proporcionadaspela diversificação.Conseqüentemente, passaram a ser considerad<strong>os</strong> dois níveis de estratégia:a estratégia das unidades de negóci<strong>os</strong> e a estratégia corporativa, tendo havidoum desenvolvimento de model<strong>os</strong> de portfólio estratégico. O B<strong>os</strong>ton ConsultingGroup desenvolveu duas técnicas, muito usadas, principalmente pelas empresas<strong>no</strong>rte-americanas: a matriz de crescimento-participação, muito popular, e a

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