As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
suas marcas, de oligopóli<strong>os</strong> concentrad<strong>os</strong>, devido às barreiras de entrada, e derendiment<strong>os</strong> crescentes de escala.Portanto, a globalização reúne dois fenômen<strong>os</strong>: de um lado, há umadesconcentração de mercad<strong>os</strong>, com a internacionalização d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> debens, serviç<strong>os</strong> e fatores de produção pela abertura das eco<strong>no</strong>mias; e, de outro,observa-se uma concentração da produção em nível mundial, com o incrementodas grandes empresas, que atuam em vári<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> ou em escala global.Essa situação está criando concorrentes muito poder<strong>os</strong><strong>os</strong>, que se ligam a umae<strong>no</strong>rme teia de interesses cruzad<strong>os</strong>, com elevado poder de influência nasdecisões políticas e econômicas, o que tem gerado muitas críticas.Ademais, essas grandes empresas entram em mercad<strong>os</strong> ainda nãoconsolidad<strong>os</strong> e afetam sobremaneira a concorrência interna em alguns paísese/ou setores, colocando em jogo a sobrevivência de algumas empresas men<strong>os</strong>competitivas.O processo de globalização, segundo Ferrer (1998), deve ser analisad<strong>os</strong>ob dois enfoques: <strong>no</strong> que o autor de<strong>no</strong>mina de pla<strong>no</strong> real, que abarca a área daprodução, e na esfera financeira, que é mais abrangente. No primeiro, aglobalização manifesta-se em um crescimento do comércio internacional a taxassuperiores às da produção e pela grande internacionalização das empresas quepassam a operar em escala mundial. Contudo o seu alcance é seletivo, dada aexistência de medidas protecionistas n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de bens, serviç<strong>os</strong> e fatoresde produção.A significativa redução das barreiras tarifárias <strong>no</strong> comércio internacional foiacompanhada de um incremento de <strong>no</strong>vas formas protecionistas não tarifáriaspel<strong>os</strong> países desenvolvid<strong>os</strong>. Nestes, a liberalização vem ocorrendo, quaseexclusivamente, n<strong>os</strong> setores de manufaturad<strong>os</strong>, cuja produção e comercializaçãoestão sob o controle das empresas multinacionais e globais. Já n<strong>os</strong> setoresonde existe clara vantagem competitiva d<strong>os</strong> países em desenvolvimento, comotêxteis, calçad<strong>os</strong> e particularmente na agricultura, subsistem, n<strong>os</strong> paísesdesenvolvid<strong>os</strong>, barreiras não tarifárias elevadas à importação e/ou poder<strong>os</strong><strong>os</strong>sistemas de subsídi<strong>os</strong> à produção interna. Dentre essas barreiras, cabe destacaro uso freqüente, pel<strong>os</strong> países desenvolvid<strong>os</strong>, de regras técnicas, regulament<strong>os</strong>sanitári<strong>os</strong> e fit<strong>os</strong>sanitári<strong>os</strong>, salvaguardas, medidas “antidumping” e direit<strong>os</strong>compensatóri<strong>os</strong>.No segundo enfoque, na esfera financeira, o alcance da globalização étotal e tem sido fonte de grande instabilidade. Por conseguinte, as autoridadesmonetárias d<strong>os</strong> países periféric<strong>os</strong> são praticamente impotentes <strong>para</strong> controlar<strong>os</strong> ataques especulativ<strong>os</strong> e reduzir a volatilidade d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, agravando asassimetrias entre <strong>os</strong> países desenvolvid<strong>os</strong> e <strong>os</strong> demais (Ferrer, 1998).41