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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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232No que se refere a<strong>os</strong> acord<strong>os</strong> contratuais, destacaram-se <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong>com <strong>os</strong> fornecedores, seguid<strong>os</strong> d<strong>os</strong> de produção e de distribuição. Algunsaspect<strong>os</strong> podem ser salientad<strong>os</strong> nas empresas entrevistadas: <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>,tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> das vinícolas entrevistadas foram feit<strong>os</strong> com empresasnacionais; <strong>no</strong> Uruguai, houve acord<strong>os</strong> com empresas nacionais e estrangeiras;não ocorreram acord<strong>os</strong> com fornecedores <strong>no</strong> Uruguai; não se verificou a ocorrênciade acord<strong>os</strong> de distribuição <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, apesar de ter sido realizado na décadapassada pela Aurora; e nenhum desses acord<strong>os</strong> alterou as estratégias dasempresas.Quinn, Doorley e Paquette (1998), analisando as estratégias como umabusca de vantagem competitiva, salientam que, com as <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias decomunicação, <strong>os</strong> dirigentes podem dividir as cadeias de valor de suas empresas,lidando internamente com <strong>os</strong> principais element<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong>, terceirizandooutr<strong>os</strong> e coordenando todas as atividades essenciais. Destacam, ainda, queuma organização mais focalizada e men<strong>os</strong> integrada é viável e indispensável,podendo aumentar a vantagem competitiva, desde que a empresa p<strong>os</strong>sa adquirirde terceir<strong>os</strong>, que produzam de forma mais eficiente e eficaz do que a empresa ofaria. Como exemplo, citam o caso da vinícola <strong>no</strong>rte-americana E&J Gallo Winery,que terceirizou a produção da uva usada na elaboração de seus vinh<strong>os</strong>, comresultad<strong>os</strong> benéfic<strong>os</strong>. “Um importante benefício decorrente disso é que a Galloevitou <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> e <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> da atividade de plantar uvas” (Quinn;Doorley; Paquette, 1998, p. 324).Entretanto, nas empresas brasileiras entrevistadas — exceto na Aurora,por ser uma cooperativa —, como <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> formais e as parcerias informaiscom <strong>os</strong> fornecedores não conseguiram suprir as vinícolas de uvas na quantidadee na qualidade requeridas, a<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> de mercado, observou-se uma maiorintegração vertical a montante, o que já ocorre <strong>no</strong> Uruguai. Com essa integração,as empresas poderão ampliar a quantidade e a qualidade de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>,estratégias de produto, e aumentar as suas vantagens competitivas pela p<strong>os</strong>sed<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong>. Portanto, integrar a produção foi uma contingência do mercado deuvas.No caso d<strong>os</strong> acord<strong>os</strong> contratuais de produção (ou de terceirização),destacaram-se alguns fat<strong>os</strong>: duas empresas — Miolo e Carrau — afirmaramnão terceirizar a sua produção; a Aurora é uma grande prestadora de serviç<strong>os</strong> devinificação e de engarrafamento; já a Cordelier destacou que sempre utilizaráparte da produção (20%) terceirizada <strong>para</strong> evitar a capacidade oci<strong>os</strong>a em cas<strong>os</strong>de <strong>os</strong>cilação da demanda. Esta última situação foi descrita por Quinn, Doorleye Paquette (1998), m<strong>os</strong>trando as vantagens <strong>para</strong> as vinícolas da terceirizaçãoestratégica.

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