13.07.2015 Views

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

143d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>. Atualmente, é considerado relevante o seu “(...) papel nadistribuição e imagem. <strong>As</strong> multinacionais levam vantagem na parte da tec<strong>no</strong>logia,de capital e institucional, em term<strong>os</strong> de marca” (B, 3).Foi muito comentada a experiência de instalar uma vinícola na zona dafronteira gaúcha, realizada pela multinacional National Stuart, em 1974, com oprojeto d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> Almadém, que, p<strong>os</strong>teriormente, foi adquirido pela Seagram.De acordo com <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, ao se instalar na região da Campanha, amultinacional m<strong>os</strong>trou ser p<strong>os</strong>sível produzir em diferentes tip<strong>os</strong> de sol<strong>os</strong>, e issofoi a ruptura de um tabu existente <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Os vinh<strong>os</strong> eram, inicialmente,produzid<strong>os</strong> e engarrafad<strong>os</strong> na Cidade de Santana do Livramento, <strong>no</strong> Rio Grandedo Sul, e, depois, passaram a ser engarrafad<strong>os</strong> em São Paulo, o que foi criticadopor vári<strong>os</strong> d<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>. “E passaram a se preocupar mais com volumes.(...). Eu acho que isto abriu uma brecha <strong>para</strong> <strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, permitindo a entradae o crescimento de outras vinícolas” (B, 2). 19Atualmente, há apenas duas multinacionais produtoras de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>,que são a Seagram do <strong>Brasil</strong> 20 e a Martini Bacardi do <strong>Brasil</strong>, e seu papel <strong>no</strong>mercado brasileiro é considerado men<strong>os</strong> relevante do que <strong>no</strong> passado, dad<strong>os</strong> <strong>os</strong>avanç<strong>os</strong> da vinicultura nacional. Mesmo assim, as multinacionais, tendo emvista a sua maior capacidade financeira e o seu maior portfólio de produt<strong>os</strong>, têmmelhores p<strong>os</strong>sibilidades de distribuição <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>, em especial <strong>para</strong>negociar junto às grandes redes de supermercad<strong>os</strong>. Além disso, “(...) elas aindaimportam <strong>para</strong> vender <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>” (B, 5).Até 1997, existiram alguns acord<strong>os</strong> de distribuição entre vinícolas brasileirase estrangeiras visando à exportação de vinh<strong>os</strong>. P<strong>os</strong>teriormente, conforme <strong>os</strong>entrevistad<strong>os</strong>, não houve, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong>vas alianças com empresas de capitalestrangeiro.No Uruguai, de acordo com <strong>os</strong> participantes da pesquisa, <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong>estrangeir<strong>os</strong> só entraram sob a forma de alianças estratégicas com algumasempresas nacionais, havendo atualmente sete empreendiment<strong>os</strong> importantes.A entrada de capital estrangeiro, com o predomínio do francês, n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong>an<strong>os</strong>, ocorreu basicamente através da formação de joint ventures, tendo porobjetivo a produção e a distribuição de vinh<strong>os</strong> de elevada qualidade, destinad<strong>os</strong>à exportação. Esses capitais foram atraíd<strong>os</strong>, principalmente, pela disponibilidadede matéria-prima de qualidade. Para as empresas uruguaias, as joint ventures19Essa citação m<strong>os</strong>tra como a estratégia de uma empresa pode afetar o ambiente da indústriae, dessa forma, propiciar que <strong>no</strong>vas empresas entrem <strong>no</strong> mercado.20Essa empresa, em 2002, depois, portanto, de realizada a pesquisa junto a<strong>os</strong> expert<strong>os</strong>, foiadquirida pela Per<strong>no</strong>d Ricard.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!