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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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151que contribuíram <strong>para</strong> essas mudanças. E compradores poder<strong>os</strong><strong>os</strong>, segundoPorter (1998), podem exercer um grande poder de barganha, forçando um rebaixamenton<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> ou demandando uma maior qualidade ou melhores serviç<strong>os</strong>pelo mesmo preço, e ainda podem acirrar a concorrência, jogando um produtorcontra o outro.Destacam-se também fatores intern<strong>os</strong> de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países, como questõesconjunturais de desaceleração do crescimento, aliad<strong>os</strong> a elevadas taxasde jur<strong>os</strong> reais e a políticas cambiais ora de depreciação, ora de apreciação dasmoedas nacionais em relação ao dólar, com suas repercussões sobre asempresas e sobre o poder de compra d<strong>os</strong> consumidores, bem como fatoresextern<strong>os</strong> que afetaram de forma adversa as eco<strong>no</strong>mias brasileira e uruguaia,dentre <strong>os</strong> quais a desaceleração do ritmo de crescimento da eco<strong>no</strong>mia mundiale, em especial, d<strong>os</strong> principais mercad<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> de vinh<strong>os</strong> desses países. Emmercad<strong>os</strong> recessiv<strong>os</strong>, a tendência é uma diminuição da demanda, com umaumento d<strong>os</strong> estoques mundiais de vinh<strong>os</strong>, reduzindo o seu preço n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>internacionais e pressionando ainda mais a concorrência em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>.De acordo com <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> disponíveis e com as informações das entrevistasem amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países, com a abertura d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, a concorrência <strong>no</strong> mercadodoméstico de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> foi muito mais acentuada <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> do que <strong>no</strong> Uruguai,pela maior relação da quantidade comercializada de vinh<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>/vinh<strong>os</strong>nacionais. Parte desse acréscimo deve-se à importação pelas próprias vinícolasbrasileiras, até mesmo com a interrupção ou a diminuição da produção interna, 21conforme exp<strong>os</strong>to pel<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>. Por outro lado, o Uruguai soube aproveitarmelhor as oportunidades, pois exportou mais vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, apresentando maiorrelação de vinh<strong>os</strong> comercializad<strong>os</strong> <strong>no</strong> mercado exter<strong>no</strong>/mercado inter<strong>no</strong>. No<strong>Brasil</strong>, as exportações de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> vêm diminuindo desde 1998.Os entrevistad<strong>os</strong> de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países concordam que a única maneira deas empresas uruguaias de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> crescerem é através das exportações,devido ao peque<strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>. É difícil aumentar muito o consumo domercado doméstico de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, de um lado, porque a população é reduzidae apresenta baix<strong>os</strong> níveis de natalidade, não sendo p<strong>os</strong>sível contar com a taxade crescimento demográfico; de outro, porque o consumo per capita de vinho21Um d<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> clássic<strong>os</strong> <strong>para</strong> analisar <strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> de uma união aduaneira, como é o casodo Merc<strong>os</strong>ul, é verificar se <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> de criação de comércio são superiores a<strong>os</strong> de desviode comércio. N<strong>os</strong> relat<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> junto a<strong>os</strong> especialistas brasileir<strong>os</strong>, foi verificada a ocorrênciade criação de comércio <strong>no</strong> Merc<strong>os</strong>ul. Este ocorre quando há uma substituição doconsumo de produt<strong>os</strong> intern<strong>os</strong> de custo mais elevado por produt<strong>os</strong> de um país parceiro, comcust<strong>os</strong> mais baix<strong>os</strong>. Essa substituição pode significar uma redução ou uma eliminação daprodução interna (Robson, 1985, p. 30).

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