As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
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122O aumento da qualidade d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> foi acompanhado de um processo deconcentração industrial, com a diminuição do número de adegas, em especialdas que produziam até 50 mil litr<strong>os</strong> anuais, ao mesmo tempo em que cresceu onúmero de vinícolas com mais de 500 mil litr<strong>os</strong> anuais. Segundo dad<strong>os</strong>disponibilizad<strong>os</strong> pelo Inavi, em 1978, havia <strong>no</strong> Uruguai 557 vinícolas, sendo que75% produziam até 100 mil litr<strong>os</strong> anuais, e apenas 3% produziam mais de 500mil litr<strong>os</strong> anuais. Já em 1992, havia 393 vinícolas, 56% produzindo até 100 millitr<strong>os</strong> anuais, e 10%, mais de 500 mil litr<strong>os</strong> anuais.A maior parte d<strong>os</strong> viticultores e produtores de vinho concentra-se na regiã<strong>os</strong>ul, n<strong>os</strong> Departament<strong>os</strong> de Montevidéu, Canelones, San J<strong>os</strong>é e Colônia. Outrasimportantes regiões produtoras estão n<strong>os</strong> Departament<strong>os</strong> de Salto, Artigas, Rivera— em especial na região de Cerro Chapéu — e Paysandú.Portanto, <strong>no</strong> Uruguai, as vinícolas foram, essencialmente, empresas nacionais,grande parte delas de propriedade familiar. <strong>As</strong> cooperativas existem emnúmero reduzido e não p<strong>os</strong>suem representatividade <strong>no</strong> País. Por outro lado, <strong>os</strong>investiment<strong>os</strong> estrangeir<strong>os</strong> apenas entraram em forma de parcerias, em décadasrecentes.4.1.3 - O mercado de vinh<strong>os</strong>Uma vez exp<strong>os</strong>tas a evolução da indústria vinícola e as suas características,apresenta-se, a seguir, um breve retr<strong>os</strong>pecto do mercado de vinh<strong>os</strong>, nadécada de 90, <strong>no</strong> Merc<strong>os</strong>ul e em especial <strong>no</strong> Uruguai e <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. 6 Deve-sedestacar que esta análise se restringe à produção e à comercialização tantointerna como externa.Toda a produção de vinho é regulada pela OIV, que é a uma organizaçãointergovernamental com o objetivo de regular as <strong>no</strong>rmas internacionais de produçãoe de contribuir <strong>para</strong> a harmonização internacional das práticas e das <strong>no</strong>rmasexistentes. Atualmente, p<strong>os</strong>sui 46 países-membr<strong>os</strong> (Oficina Internacionalde la Viña y el Vi<strong>no</strong>, 2001).Na década de 90, o consumo mundial de vinh<strong>os</strong> manteve-se relativamenteestável, 7 dadas características bem diferenciadas e op<strong>os</strong>tas: a redução verificada6Existe uma interessante pesquisa realizada <strong>para</strong> o Instituto <strong>Brasil</strong>eiro do Vinho (2001) quefaz uma avaliação do mercado brasileiro de vinh<strong>os</strong>, espumantes e suc<strong>os</strong> de uva, tendocomo foco de investigação <strong>os</strong> consumidores finais e o canal de distribuição. Essa pesquisanão está inserida nesta análise por fugir ao escopo deste trabalho.7Com<strong>para</strong>ndo-se o consumo mundial de vinh<strong>os</strong> em 1999 com a média de 1991-95, houve umdecréscimo de 0,72%. Dentre <strong>os</strong> países de maior consumo, destacam-se as reduções deconsumo na França, na Itália, na Argentina, em Portugal, na Espanha e na Rússia (Wine...,2001).