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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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137Foi mencionado o elevado custo d<strong>os</strong> insum<strong>os</strong>, em particular <strong>os</strong> de<strong>no</strong>minad<strong>os</strong>“sec<strong>os</strong>”, como a garrafa, o rótulo e a rolha. A garrafa é produzida <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>por apenas uma empresa, e, mesmo assim, “(...) hoje em dia, estam<strong>os</strong> importandoda Argentina, pois é mais barata (...)” (B, 2). Já a rolha é importada pel<strong>os</strong>dois países, principalmente de Portugal e da Espanha. Esse alto custo foi maisenfatizado <strong>no</strong> Uruguai, devido à maior participação de insum<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>, cujocusto <strong>os</strong>cila de acordo com as variações cambiais nas respectivas eco<strong>no</strong>mias.Já <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, foram muito destacad<strong>os</strong> a escassez e o elevado preço da uvatinta. Com a divulgação d<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> à saúde do consumo moderado de vinh<strong>os</strong>tint<strong>os</strong>, sua demanda aumentou n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, em detrimento d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>branc<strong>os</strong>, cuja oferta de matéria-prima é abundante <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, sendo considerado“(...) um d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> melhores que a gente pode tomar” (B, 7).De acordo com <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>, a pequena oferta de uvas tintasfrente à demanda existente encareceu a matéria-prima e, por decorrência, ocusto do vinho tinto fi<strong>no</strong>, além de ter limitado a sua produção. Essa situaçãofavoreceu sobremaneira a entrada de vinh<strong>os</strong> do Exterior, que atenderam aoincremento do consumo a um preço mais acessível.Os entrevistad<strong>os</strong> acreditam que, dentro de dois ou três an<strong>os</strong>, serásolucionada a carência de uvas tintas, tendo em vista que “(...) muitas empresas,tanto as grandes e, principalmente, as pequenas, partiram <strong>para</strong> planti<strong>os</strong> própri<strong>os</strong>ou estimularam o plantio” (B, 4).A carência de uvas tintas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> está sendo paulatinamente solucionadapela integração a montante, através da produção própria e/ou pela formação deparcerias com produtores de uvas, <strong>para</strong> garantia de fornecimento e da qualidadeda matéria-prima e, em alguns cas<strong>os</strong>, <strong>para</strong> diminuição de cust<strong>os</strong>. É interessanteobservar que a parceria com produtores é mais relevante <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> do que <strong>no</strong>Uruguai, apesar de também ocorrer nesse país, uma vez que “(...) hoje não háproblema de matéria-prima, pois mais de 60% d<strong>os</strong> vinhed<strong>os</strong> já foram reconvertid<strong>os</strong>”(U, 2).Como decorrência da escassez e do elevado custo da uva tinta, há reduzidaprodução interna de vinh<strong>os</strong> tint<strong>os</strong> de qualidade — de preço elevado — em relaçãoao importado de mesma qualidade. No custo, foi salientado também o peso daalta carga tributária existente <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, que “(...) está em tor<strong>no</strong> de 42% e, n<strong>os</strong>outr<strong>os</strong> países do Merc<strong>os</strong>ul, não chega a 30%” (B, 1).4.2.1.2 - Problemas na comercialização internaPara <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong> uruguai<strong>os</strong>, o maior problema é o reduzido mercadointer<strong>no</strong>, pois todo o “(...) crescimento da produção tem que ir <strong>para</strong> a exportação”

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