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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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118marco na evolução da vinicultura brasileira, com a implantação de empresasmultinacionais na serra gaúcha, como a Martini & R<strong>os</strong>si, a Möet & Chandon,que, em 1973, instalou a Chandon do <strong>Brasil</strong>, a Maison Forestier, a Heublein e aNational Distiller, que se instalou na zona da Campanha do Estado (Vinho, 2001).Nessa época, caracterizada como um período ainda de substituição deimportações, o fluxo de investimento direto das empresas multinacionais foimotivado, em grande parte, pela necessidade de superar as elevadas barreirascontra as importações. Essas empresas produziam basicamente <strong>para</strong> o mercadodoméstico, e suas ligações com o exterior restringiam-se à importação de bensde capital (máquinas e equipament<strong>os</strong>) e de alguns componentes sem similaresnacional.Os investiment<strong>os</strong> das multinacionais na produção de vinh<strong>os</strong> foramestimulad<strong>os</strong>, em grande parte, pelas elevadas taxas de crescimento do mercadodoméstico brasileiro, pois <strong>os</strong> an<strong>os</strong> 70 caracterizaram-se por apresentar <strong>os</strong> maioresacréscim<strong>os</strong> do produto brasileiro. O incremento do poder aquisitivo das classesmédias urbanas p<strong>os</strong>sibilitou a criação de um mercado doméstico <strong>para</strong>consumidores de vinh<strong>os</strong> nacionais de melhor qualidade, em substituição aoproduto importado, com elevada alíquota de importação, ou por agregar <strong>no</strong>v<strong>os</strong>consumidores.<strong>As</strong> empresas multinacionais implementaram um programa de estímulo àmodificação do sistema de plantio e fomentaram a produção de cepas viníferas,contribuindo <strong>para</strong> a melhoria da matéria-prima. Além disso, trouxeram process<strong>os</strong>de vinificação mais modern<strong>os</strong>. Como decorrência, o pa<strong>no</strong>rama competitivo daindústria de vinh<strong>os</strong> brasileira alterou-se, pela modernização tec<strong>no</strong>lógica egerencial e pelo incremento da participação d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> na produção vinícolanacional. O desenvolvimento tec<strong>no</strong>lógico do processo de elaboração de vinh<strong>os</strong>estimulou as empresas nacionais a se atualizarem, e muitas delas passaram aabsorver as mudanças tec<strong>no</strong>lógicas introduzidas. Em 1970, a produção de vinh<strong>os</strong>fin<strong>os</strong> já alcançava 23 milhões de litr<strong>os</strong>.A década de 70 também se destacou por abrir uma <strong>no</strong>va frente <strong>para</strong> avitivinicultura brasileira na região da fronteira do Rio Grande do Sul 5 e por darinício à exploração das potencialidades da região do Vale do São Francisco,com a introdução de variedades de mesa. Mas, só há pouc<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, foramintroduzidas as variedades viníferas. Nessas regiões, o perfil da propriedade (em5Em 1974, a vinícola Almadén, pertencente à National Distiller (EUA), foi a pioneira ao plantaruvas européias na Campanha, região de fronteira do RS, que, devido à sua topografia, épropícia <strong>para</strong> a mecanização. A Almadén foi adquirida pela Seagram do <strong>Brasil</strong> em 1990. Em2001, a Seagram foi adquirida pela Per<strong>no</strong>d Ricard em nível internacional, mas continuaproduzindo vinh<strong>os</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.

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