As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
121parte, à expansão d<strong>os</strong> vinhed<strong>os</strong>, principalmente com a introdução das variedadeshíbridas, de me<strong>no</strong>r qualidade e<strong>no</strong>lógica, prejudicando a qualidade d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>produzid<strong>os</strong> (S<strong>no</strong>eck, 1998). Por decorrência, o incremento da oferta, estimuladopelo aumento da demanda interna, foi de vinh<strong>os</strong> de me<strong>no</strong>r qualidade.A terceira fase, iniciada na década de 70, teve como características abusca de um maior nível de qualidade, através da melhoria da matéria-prima, doaperfeiçoamento do processo de produção de vinho e da abertura d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>extern<strong>os</strong>. A baixa qualidade d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>, além de sua adulteração, e a necessidadede aumentar a competitividade <strong>no</strong> mercado nacional foram as razões iniciais<strong>para</strong> a transformação do setor na década de 70.Até 1987, a gestão e o controle da indústria vitivinícola estavam a cargo doPoder Executivo e foram descentralizad<strong>os</strong> com a criação do Inavi, que tinhacomo objetivo inicial controlar e apoiar a reconversão d<strong>os</strong> vinhed<strong>os</strong> <strong>para</strong> melhorara qualidade do vinho. P<strong>os</strong>teriormente, com o incremento da elaboração de vinh<strong>os</strong>fin<strong>os</strong> de qualidade, o Inavi passou a apoiar a comercialização externa desses,devido ao limitado mercado inter<strong>no</strong> uruguaio.Apesar de o volume de vinho produzido <strong>no</strong> início d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 90 ser equivalenteao de 1970, a queda da produção foi compensada pelo crescente processo desubstituição d<strong>os</strong> vinhed<strong>os</strong> por outr<strong>os</strong> de variedades cultivadas de melhorqualidade. Esse processo de reconversão d<strong>os</strong> vinhed<strong>os</strong>, que implicou asubstituição de variedades de baixa qualidade e<strong>no</strong>lógica por variedades Vitisviniferas, de melhor qualidade, gerou maiores cust<strong>os</strong> iniciais <strong>para</strong> <strong>os</strong> produtoresde uva que se caracterizam por ter men<strong>os</strong> de 5ha de terras <strong>no</strong> Uruguai. Essaproblemática foi resolvida em nível institucional, mediante um importante programade apoio ao peque<strong>no</strong> produtor de uva (S<strong>no</strong>eck,1998).O Programa de Reconversão d<strong>os</strong> Vinhed<strong>os</strong> alterou sobremaneira a qualidaded<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> produzid<strong>os</strong>, pois a produção d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> requer, principalmente,matéria-prima de boa qualidade, além de conheciment<strong>os</strong> e<strong>no</strong>lógic<strong>os</strong> e maiornível tec<strong>no</strong>lógico. Salienta-se o fato de que, atualmente, <strong>no</strong> Uruguai, existemvinhas de Tannat em quantidade maior do que em sua região de origem, o sudoestefrancês.P<strong>os</strong>teriormente, o Inavi adotou o Programa de Reconversão Industrial,visando dotar as vinícolas de maior capacidade competitiva. Nesse programa,estavam contemplad<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> <strong>para</strong> capacitação empresarial, contratação detécnic<strong>os</strong> e realização de promoções comerciais, bem como <strong>para</strong> investiment<strong>os</strong>nas vinícolas, <strong>no</strong> que se refere à incorporação de maquinarias e às obras deinfra-estrutura. O investimento na vinicultura, em sua grande maioria, tem sidonacional, mas, de forma crescente, estão se estabelecendo parcerias cominvestidores europeus.