76de alianças estratégicas, Lorange e Ro<strong>os</strong> (1996, p. 21) propõem uma divisãobaseada em duas dimensões de recurs<strong>os</strong>, isto é, quanto dinheiro e recurs<strong>os</strong>organizacionais (pessoas, tec<strong>no</strong>logias, capital e assessoria) colocar e recuperar(sob a forma de lucr<strong>os</strong>, de conheciment<strong>os</strong>, etc.) de uma aliança estratégica.Como decorrência, são definid<strong>os</strong> quatro model<strong>os</strong> de alianças estratégicas: acordoprovisório, consórcio, joint venture baseada em projeto e joint venture plena.Os acord<strong>os</strong> provisóri<strong>os</strong> caracterizam-se pela colocação mínima de recurs<strong>os</strong>pelas empresas-mãe, freqüentemente em base temporária, <strong>os</strong> quais são totalmenteresgatad<strong>os</strong>. Os consórci<strong>os</strong>, por sua vez, envolvem mais recurs<strong>os</strong>, e <strong>os</strong>valores gerad<strong>os</strong> são distribuíd<strong>os</strong> entre <strong>os</strong> sóci<strong>os</strong>. Nas joint ventures baseadasem projet<strong>os</strong>, as empresas-mãe colocam um mínimo de recurs<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong>,dado o acordo <strong>para</strong> criá-l<strong>os</strong> em conjunto, enquanto, nas joint ventures plenas,ambas as partes colocam recurs<strong>os</strong> em abundância. Nesses dois tip<strong>os</strong> de jointventures, <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> gerad<strong>os</strong> são mantid<strong>os</strong> na aliança, exceto dividend<strong>os</strong>,pagamento de royalties, etc. (Lorange; Ro<strong>os</strong>, 1996).Diante do aumento da complexidade d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais, asparcerias têm se revelado como uma das alternativas <strong>para</strong> se firmarem na <strong>no</strong>vaordem econômica, social e política. <strong>As</strong> alianças estratégicas internacionais têmsido formadas entre as empresas multinacionais e as globais de grande porte,sediadas, em especial, em um peque<strong>no</strong> grupo de países ric<strong>os</strong> (Japão, Estad<strong>os</strong>Unid<strong>os</strong> da América e alguns países europeus), que vêm estendendo as suasalianças a<strong>os</strong> parceir<strong>os</strong> comerciais n<strong>os</strong> países em desenvolvimento (Lorange;Ro<strong>os</strong>, 1996; Rodrigues, 1994).<strong>As</strong> alianças têm sido importante veículo de alavancagem do comérciointernacional (Rodrigues, 1994). Os motiv<strong>os</strong> <strong>para</strong> uma empresa engajar-se emalianças internacionais estratégicas podem ser oportunidades de rápida expansãoem <strong>no</strong>v<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, acesso às <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias, aprendizagem gerencial,acesso a<strong>os</strong> insum<strong>os</strong> e a fontes adicionais de capitais, maior eficiência de produçãoe de cust<strong>os</strong> e <strong>para</strong> contemplar exigências institucionais, principalmentede caráter regulamentário. E as principais desvantagens, segundo Porter (1993)e Keegan e Green (2000), são <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> em term<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong> e organizacionais,dad<strong>os</strong> <strong>os</strong> problemas de coordenação com o associado, pelo fato de que <strong>os</strong>sóci<strong>os</strong> são potenciais concorrentes futur<strong>os</strong> e ficam com parte d<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong>. Comfreqüência, <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> são transitóri<strong>os</strong>, e as alianças, instáveis, podendo serdissolvidas, falhar ou evoluir <strong>para</strong> uma fusão.Em uma aliança estratégica, à medida que aumentam <strong>os</strong> níveis deintegração e o grau de interdependência entre <strong>os</strong> parceir<strong>os</strong>, conforme exp<strong>os</strong>tona Figura 2.1, cresce a complexidade e o risco da parceria. Quanto a<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>,podem-se classificar as alianças, em ordem crescente, em acord<strong>os</strong> contratuais(também de<strong>no</strong>minad<strong>os</strong> licenciamento), que envolvem: <strong>os</strong> contrat<strong>os</strong> de produ-
ção, de distribuição, de prestação de serviç<strong>os</strong>, de assistência técnica, de licençade marcas e de patentes; <strong>os</strong> consórci<strong>os</strong>; e as joint ventures.No caso das licenças ou contrat<strong>os</strong>, uma firma multinacional concede acessoa uma empresa nacional, em geral de peque<strong>no</strong> e médio portes, o direito de usode seus process<strong>os</strong> de produção, tec<strong>no</strong>logia, procediment<strong>os</strong> de marketing, marcaou patente, mediante pagamento. Nesse caso, <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> são me<strong>no</strong>res do que odo investimento direto <strong>para</strong> a multinacional, e, <strong>para</strong> a empresa local, pode seruma excelente forma de aprendizagem. Destacam-se também <strong>os</strong> contrat<strong>os</strong> dedistribuição n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> entre empresas de diferentes países; asempresas locais fazem acord<strong>os</strong> com empresas multinacionais <strong>para</strong> usarem <strong>os</strong>canais de distribuição já existentes, dad<strong>os</strong> <strong>os</strong> elevad<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de terem redespróprias de comercialização.Em nível internacional, <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> de produção são feit<strong>os</strong> de tal maneiraque uma empresa local tem a responsabilidade restrita de produzir, e a empresainternacional, usualmente, assume as responsabilidades pelo marketing, incluindovendas, promoção e distribuição. Esses contrat<strong>os</strong> são empregad<strong>os</strong> quando atec<strong>no</strong>logia de produção é amplamente disponível e quando o marketing é crucial<strong>para</strong> o sucesso do produto. Também é muito usual a operação de montagem, ouseja, parte do processo produtivo é realizada em um país estrangeiro, sendo oexemplo mais significativo as empresas automobilísticas, que usam essasoperações em grande número de países. Em geral, a principal vantagem é emrelação a cust<strong>os</strong>, principalmente em operações intensivas <strong>no</strong> uso da mão-de--obra (Jeannet; Hennessey, 1995). Entretanto existe o risco de o licenciado,através da aprendizagem junto ao licenciador, acabar por se tornar um importanteconcorrente futuro (Keegan; Green, 2000).O consórcio de empresas é uma forma de associação <strong>para</strong> alcançar umobjetivo em comum, onde as empresas consorciadas mantêm sua personalidadejurídica e sua auto<strong>no</strong>mia. De acordo com Cateora (1996), ele tem duascaracterísticas: envolve um grande número de participantes e, freqüentemente,opera em países ou mercad<strong>os</strong> em que nenhum d<strong>os</strong> participantes seja ativo <strong>no</strong>momento. Os consórci<strong>os</strong> visam agregar recurs<strong>os</strong> administrativ<strong>os</strong> e financeir<strong>os</strong>,diminuindo <strong>os</strong> risc<strong>os</strong>, sendo muito usad<strong>os</strong> em grandes projet<strong>os</strong> de construção e<strong>para</strong> as empresas entrarem em <strong>no</strong>v<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>.Um tipo de consórcio usado <strong>para</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> é o consórcio deexportação. Ele é formado por empresas locais concorrentes, ou com linhascomplementares, <strong>para</strong> entrar em <strong>no</strong>v<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> e ampliar as exportações emconjunto. Através do consórcio de exportação, as empresas participam de feiras,m<strong>os</strong>tras e missões <strong>no</strong> exterior, diminuindo <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> e <strong>os</strong> risc<strong>os</strong>, que são compartilhad<strong>os</strong>entre <strong>os</strong> consorciad<strong>os</strong>.77
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