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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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2.1.1.1 - <strong>As</strong> diversas formas de entendimentoO termo globalização tem sido entendido de diversas formas. Para alguns,ele é sinônimo de mundialização, termo usado pel<strong>os</strong> franceses; <strong>para</strong> outr<strong>os</strong>, elecorresponde à expressão internacionalização. No discurso dominante, de acordocom Chesnais (1996, p. 3), a globalização “(...) está ligada a uma ‘globalizaçãoda eco<strong>no</strong>mia’ imp<strong>os</strong>ta pelo livre jogo das leis do mercado”, isto é, enfatiza aglobalização da concorrência. Fazendo uma crítica ao uso do termo globalização,Chesnais (1996, p. 17) chama atenção <strong>para</strong> o fato de que se trata de movimentode capitais, e, por isso, a “(...) expressão ‘mundialização do capital’ é a quecorresponde mais exatamente à substância do termo inglês ‘globalização’(...).” 1A globalização tem sido considerada tanto como um processo antigo, delongo prazo, iniciado <strong>no</strong> século XV, e, atualmente, vista apenas como acontinuidade do mesmo fenôme<strong>no</strong>, que aparece sob <strong>no</strong>va roupagem (Balanco,1999; Batista Júnior, 1997; Ferrer, 1999), quanto como um processo recente,uma <strong>no</strong>va forma da evolução capitalista (Braga, 1997).Para alguns, a globalização promoverá a convergência de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> paísesem direção à pr<strong>os</strong>peridade, desde que <strong>os</strong> países adaptem suas políticas,empreendendo reformas e liberalizando seus mercad<strong>os</strong> (Fondo MonetarioInternacional, 1997). Para outr<strong>os</strong>, tende a beneficiar <strong>os</strong> países grandes e ric<strong>os</strong>(Braga, 1999). E ainda há <strong>os</strong> que acreditam que, <strong>no</strong> atual estágio do capitalismomundial, a globalização não seria mais do que uma p<strong>os</strong>sibilidade futura, aquelado capitalismo em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> países, em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> segment<strong>os</strong> das atividadeshumanas (Amaral Filho; Melo, 2001).Apesar das divergências, existe um relativo consenso a respeito daglobalização como a conjugação de dois fenômen<strong>os</strong>: a adoção de políticas decunho liberal por um grande número de países, principalmente a partir d<strong>os</strong> an<strong>os</strong>80, a qual resultou <strong>no</strong> crescente movimento de liberalização e desregulamentaçãod<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>; e o advento do <strong>para</strong>digma das tec<strong>no</strong>logias de informação, quep<strong>os</strong>sibilitou rápida comunicação, processamento, armazenamento e transmissãode informações em nível mundial, a cust<strong>os</strong> decrescentes.O processo de globalização caracteriza-se pelo aumento do volume e davelocidade: da circulação d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>; do comércio intrafirma eintra-indústria; d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> de investimento direto estrangeiro; das formas de associaçãoentre empresas; da consolidação de oligopóli<strong>os</strong> e de grandes conglomerad<strong>os</strong>,dentre outr<strong>os</strong> (Baumann,1996). Como decorrência, há um crescimen-391“O uso da expressão ‘mundialização do capital’ denuncia uma filiação teórica que correspondeàquela d<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> franceses d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 70, de inspiração marxiana, sobre ainternacionalização do capital.” (Chesnais, 1996, p. 6).

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