13.07.2015 Views

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

152comum ou de mesa já é elevado, por ser adquirido a baixo custo e, muitasvezes, consumido junto às refeições, com o preço da taça de vinho próximo aode um refrigerante. Dadas as sucessivas crises por que passou a eco<strong>no</strong>miauruguaia, o poder aquisitivo da população diminuiu, sendo, pois, cust<strong>os</strong>o aousuário passar a consumir um vinho de preço mais elevado, como é o caso d<strong>os</strong>vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>, enquanto não aumentar o nível de renda inter<strong>no</strong>.No que se refere ao <strong>Brasil</strong>, tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> especialistas uruguai<strong>os</strong> e parte d<strong>os</strong>brasileir<strong>os</strong> acham que, dado o tamanho do mercado inter<strong>no</strong> e o baixo consumoper capita atual, o <strong>Brasil</strong> não deve se preocupar com as exportações, enquantooutr<strong>os</strong> perit<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong> acham que o <strong>Brasil</strong> pode e deve investir mais nasexportações. Tendo em vista o reduzido consumo inter<strong>no</strong> de vinh<strong>os</strong> nacionais,há um grupo que considera necessário, primeiro, ampliá-lo, absorvendo parte doespaço ocupado pel<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>, e, principalmente, melhorando, ainda mais,as condições competitivas das empresas brasileiras e a qualidade do produto,devido às dificuldades de entrar <strong>no</strong> mercado exter<strong>no</strong> e às experiências anteriores,frustradas, de exportações. É interessante observar que praticamente tod<strong>os</strong> <strong>os</strong>perit<strong>os</strong> uruguai<strong>os</strong> consideram que o vinho branco brasileiro é de boa qualidade,mas o tinto não. No que diz respeito àqueles que consideram as exportaçõesimportantes, podem-se destacar, de acordo com <strong>os</strong> relat<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>: o uso dasvendas externas como argumento de marketing inter<strong>no</strong>; as eco<strong>no</strong>mias de escala,propiciadas pelo incremento da produção; <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de distribuição em <strong>no</strong>v<strong>os</strong>mercad<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>, distantes geograficamente, às vezes mais oner<strong>os</strong><strong>os</strong> doque as vendas <strong>para</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> extern<strong>os</strong>; a p<strong>os</strong>sibilidade de fazer caixa pel<strong>os</strong>adiantament<strong>os</strong> de câmbio obtido, etc.Amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países melhoraram a qualidade d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>; <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, poriniciativa d<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong>, tendo em vista a concorrência do importado, e, <strong>no</strong>Uruguai, por uma política setorial apoiada pelo Gover<strong>no</strong>, pel<strong>os</strong> viticultores e pel<strong>os</strong>vinicultores. Mas, acima de tudo, <strong>os</strong> expert<strong>os</strong> de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países salientam aimportância de aumentar o número de consumidores de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong> n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>intern<strong>os</strong>, o que não é tão fácil, como já explicado. Os perit<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>destacaram que um d<strong>os</strong> caminh<strong>os</strong> é buscar parte do consumo de vinh<strong>os</strong>importad<strong>os</strong>, <strong>para</strong> que as empresas brasileiras p<strong>os</strong>sam, pelo men<strong>os</strong>, manter asua participação <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>. No Uruguai, acreditam que isso só poderáse dar pelo deslocamento parcial do consumo d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> comuns <strong>para</strong> o d<strong>os</strong>vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>.Cabe destacar que <strong>os</strong> dois países p<strong>os</strong>suem distint<strong>os</strong> tamanh<strong>os</strong> e que nemsempre uma política adotada em um país pode ser transplantada <strong>para</strong> o outro.Ou seja, apesar de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> expert<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong> considerarem importante aexistência de uma estratégia setorial e elogiarem a política adotada pelo Inavi

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!