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As estratégias empresariais para os vinhos finos no Brasil e no ...

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173Tendo em vista que cada uma dessas situações foi peculiar, comenta-secada vinícola em se<strong>para</strong>do.5.2.1.1.1 - De LantierCom a fusão da Bacardi-Martini em 1993, a empresa passou a se concentrarmais em destilad<strong>os</strong>, e a divisão de vinh<strong>os</strong> De Lantier continuou suas atividadesde produção de vinh<strong>os</strong> fin<strong>os</strong>. Mas, devido à perda de foco da multinacional n<strong>os</strong>vinh<strong>os</strong>, a vinícola não realizou grandes investiment<strong>os</strong> e começou a diminuir asua participação <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>, depois de já ter sido líder de vendas n<strong>os</strong>egmento de vinh<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> semiluxo, com o vinho Chateau Duvalier. Dasentrevistas, conclui-se que a fusão 9 da corporação afetou a Bacardi-Martini do<strong>Brasil</strong> e, por decorrência, a De Lantier.Como conseqüência das dificuldades d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de bebidas destiladas,bem como do crescimento do consumo de vinh<strong>os</strong> <strong>no</strong> mercado inter<strong>no</strong>, ocupadopel<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> importad<strong>os</strong>, a multinacional percebeu, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2002, que eranecessário reverter a situação, dando maior ênfase a<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>, o que foi feitocom uma alteração na estrutura da corporação <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. “Há cinco ou seismeses atrás, ela verificou que isto era um erro estratégico. Porque estávam<strong>os</strong>perdendo terre<strong>no</strong> (...) E não foi por um problema de mercado, foi o problema defalta de foco da companhia” (Lona/De Lantier).Com a transformação da De Lantier em Unidade de Negóci<strong>os</strong> do Vinho, foidada maior auto<strong>no</strong>mia à vinícola, o que p<strong>os</strong>sibilitou maior rapidez do processodecisório. De acordo com <strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong>, observou-se também uma melhoriada comunicação entre as diversas áreas da multinacional, em especial nas demarketing, vendas e produção. Essa situação implicou a realização de umplanejamento mais detalhado da unidade, concebido pelo diretor e por quatrogerentes da Unidade, o qual está inserido dentro do pla<strong>no</strong> estratégico damultinacional <strong>para</strong> o <strong>Brasil</strong>. Então, “(...) as estratégias são decididas por cincopessoas, estas quatro mais o Presidente Geral da companhia” (Lona/De Lantier).Portanto, o maior foco n<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> provavelmente significou muito mais umaoportunidade de ampliar uma área promissora que já existia do que alterar asestratégias da Bacardi-Martini do <strong>Brasil</strong>. Na verdade, a formação da Unidade deNegóci<strong>os</strong> do Vinho, cujo principal objetivo é fortalecer as linhas de produt<strong>os</strong>,9Clegg (1998), ao analisar a perspectiva do poder, salienta que, historicamente, as fusões têmgerado um aumento da concentração do poder, provocando mudanças d<strong>os</strong> ambientesorganizacionais e <strong>no</strong>vas relações competitivas.

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