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REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA

Reforma-política-BAIXA

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Suplente de senadores: representatividade e governabilidade 247<br />

nesse sentido. A mais frequente tem sido a de aproveitar o segundo e terceiro<br />

candidatos mais votados na eleição, a despeito de se tratar de uma eleição majoritária.<br />

Entre eles, há os que argumentam que deve ser preservado o interesse<br />

partidário, selecionando os candidatos mais votados do mesmo partido do<br />

titular. É o caso da Albânia, da Colômbia e do Chile, por exemplo. Há ainda<br />

quem defenda que o suplente deve ser o deputado federal mais votado, que<br />

seja do mesmo partido do senador titular.<br />

Outra proposta frequente é a de convocação de nova eleição, no caso de<br />

aparecimento de uma vaga. Diversos países adotam esse procedimento, tais<br />

como: Índia, Kenya, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Suíça, Libéria, Polônia, Eslovênia,<br />

entre outros.<br />

Há propostas também de reduzir de dois para um o número de suplentes<br />

para cada senador. No caso de não haver mais suplente e existir um período<br />

razoável de mandato, poderia ser realizada nova eleição. A Constituição de<br />

1946 estabelecia o prazo de nove meses, que foi mantido na Constituição<br />

de 1967. Atualmente, tem sido usado o prazo de 120 dias (ou quatro meses)<br />

como referência, estabelecendo-se o dia 1 o de fevereiro do ano seguinte para a<br />

posse. Há um certo consenso de que restaria ao eleito o exercício do mandato<br />

pelo mesmo tempo que caberia ao senador foi substituído; essa era a fórmula<br />

estabelecida pela primeira Constituição Republicana de 1891.<br />

É quase consensual também a ideia de que se deve vedar a escolha de cônjuge<br />

e parentes consanguíneos ou afins. A despeito de contrariar os interesses<br />

de vários senadores, a opinião pública tem exercido uma grande pressão para<br />

terminar com essa anomalia.<br />

Ainda que estejam distantes da experiência brasileira, vale mencionar algumas<br />

outras práticas observadas na substituição de senadores ao redor do mundo.<br />

Na Austrália, por exemplo, os senadores substitutos são escolhidos por<br />

uma comissão formada no âmbito da assembleia estadual, entre os integrantes<br />

do mesmo partido do senador que está deixando o cargo. No Canadá, bem<br />

como em diversas ex-colônias inglesas no Caribe, os senadores são nomeados<br />

pelo chefe de Estado (o governor general ), com recomendação do primeiro<br />

ministro. As vagas que aparecem são preenchidas pelo mesmo critério. Na<br />

Áustria, tanto os titulares quanto os suplentes da câmara alta (Bundesrat) são<br />

eleitos indiretamente pelas assembleias regionais, ao mesmo tempo, em núme-

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