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REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA

Reforma-política-BAIXA

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316 Reforma política democrática<br />

mento empresarial de campanhas, começou há meses, quando o ministro do<br />

Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, paralisou a votação contra<br />

o financiamento empresarial que estava em seis a um (sobre um total de 11 ministros),<br />

com uma conhecida manobra, o chamado pedido de vistas. Recentemente,<br />

Cunha se apressou em articular uma votação na Câmara e decidiu criar<br />

uma comissão especial para discutir e analisar o conteúdo da referida PEC.<br />

Essas ações fizeram com que a prioridade máxima das forças progressistas<br />

mudasse. Atualmente, é fundamental atuar para barrar a contrarreforma capitaneada<br />

por Cunha, que inclusive deu prazos rápidos (120 dias) para os trabalhos<br />

de uma comissão presidida por um deputado federal do DEM. A Central<br />

Única dos Trabalhadores (CUT) e os movimentos sociais trabalham para juntar<br />

o maior número de forças sociais e políticas para barrar essa contrarreforma<br />

que visa expulsar o povo das decisões e do espaço parlamentar, centrando fogo<br />

contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais, cujos efeitos nocivos<br />

sobre o sistema político foram escancarados na “Operação Lava-Jato”.<br />

Para a CUT, corrupção se combate com reforma política e denunciar o<br />

financiamento empresarial, um mal que corrói as instituições, é uma obrigação<br />

das forças democráticas brasileiras. Esse, aliás, é um item da reforma que<br />

tem grande respaldo popular e vai permitir que, a partir dele, se questione o<br />

conjunto das deformações existentes no sistema político, tais como proporcionalidade<br />

nacional desequilibrada, falta de espaços de participação popular,<br />

sub-representação de setores como mulheres, negros, indígenas e jovens, além<br />

de um Senado oligárquico que revisa todas as decisões da Câmara etc.<br />

Numa democracia participativa, os direitos políticos são conquistas que<br />

não se limitam apenas a participar de reuniões, comícios, manifestações, ou<br />

apoiar um candidato e comparecer aos locais de votação no dia de eleição. É<br />

fundamental acompanhar os mandatos, cobrar, fiscalizar, participar dos debates<br />

que apontam saídas para correção dos erros, para o aperfeiçoamento<br />

do sistema político, punição das irregularidades e, em especial, lutar para que<br />

todos os brasileiros, e não apenas os políticos profissionais e seus familiares e<br />

amigos, tenham condições iguais de concorrer a um cargo eletivo e participar<br />

plenamente da vida política do país.<br />

No Brasil, a população é induzida pela grande mídia a rejeitar a simples<br />

ideia de participação política – isso é coisa de bandido. É assim que o povo

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