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REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA

Reforma-política-BAIXA

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Reforma política democrática: uma necessidade nacional inadiável 299<br />

protelatório, feito pelo ministro Gilmar Mendes. Afastando o poder econômico<br />

do financiamento dos candidatos, o projeto de lei da Coalizão propõe<br />

o financiamento democrático das eleições, através do Fundo Democrático de<br />

Campanha, que terá duas fontes: A primeira é a contribuição de pessoas físicas,<br />

limitada a 700 reais por doador, destinando-se a doação ao partido, e não<br />

ao candidato. A segunda se compõe dos recursos públicos que a Justiça Eleitoral<br />

destinar aos partidos políticos para custear a campanha eleitoral. Os recursos<br />

oriundos da contribuição individual não poderão ultrapassar o limite de<br />

40% dos recursos públicos oriundos do Fundo Democrático de Campanha.<br />

As pessoas jurídicas não poderão doar dinheiro, nem bens, nem serviços,<br />

nem ceder o uso de equipamentos. Os candidatos que dispuserem de grandes<br />

recursos próprios também não poderão utilizá-los, podendo apenas utilizar os<br />

recursos do Fundo Democrático de Campanha. Com estas medidas, não haverá<br />

mais candidato com campanha milionária e candidato sem recursos para<br />

a campanha, pois todos terão, aproximadamente, os mesmos quantitativos de<br />

recursos eleitorais.<br />

Adotado o sistema que o projeto propõe, não haverá mais a orgia que<br />

se presencia nas despesas eleitorais, pois os únicos recursos disponíveis serão<br />

reduzidos drasticamente, circunscrevendo-se tão só àqueles do Fundo Democrático<br />

de Campanha. Desde já, assegura-se que, por simulações e estimativas<br />

feitas, o percentual de recursos públicos razoavelmente destinados a este fundo<br />

será mínimo, de nenhum impacto no orçamento da União.<br />

Por outro lado, sendo verticalmente menor o volume de recursos nas campanhas<br />

eleitorais, fica muito mais fácil a fiscalização, inviabilizando-se o famigerado<br />

“caixa dois” que se origina de doações ilícitas feitas pelas empresas. Sabemos<br />

que estas doações bilionárias feitas pelas empresas aos candidatos têm,<br />

em grande parte, sua origem, como os atuais escândalos descobertos indicam,<br />

em propinas, fraudes às licitações, obras superfaturadas, narcotráfico etc.<br />

Portanto, tirar o dinheiro das empresas das eleições, significa acabar com<br />

a principal causa de corrupção em nosso país. Quem pode ser contra isso? Só<br />

quem quer que a corrupção continue, ou quem esteja pouco informado.<br />

Os candidatos serão eleitos não mais segundo a quantidade de dinheiro<br />

que as empresas lhes derem, porém por seus méritos, seu talento, seus serviços<br />

prestados à comunidade.

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