REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA
Reforma-política-BAIXA
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262 Reforma política democrática<br />
Câmara dos Deputados com 150 membros, e um Senado composto por 50<br />
legisladores – porém, com menos da metade dos eleitores da atualidade. Por<br />
conseguinte, seria necessária a reconfiguração dos distritos e circunscrições<br />
eleitorais, permitindo maior integração da população. Com a redistritagem,<br />
estabelece-se 28 distritos para a Câmara dos Deputados, com magnitude variando<br />
de três a oito cadeiras. No caso do Senado, cada região é uma circunscrição<br />
eleitoral de si mesma, elegendo de dois a sete senadores. Em segundo<br />
lugar, visava-se permitir a representação e inclusão de todas as correntes políticas<br />
significativas da sociedade, permitindo o ingresso, no Parlamento, de<br />
setores com menor poder de votação, mas significativos. Em terceiro lugar,<br />
procurava-se aumentar a competitividade através do aumento do número de<br />
deputados e da apresentação de listas eleitorais com maior número de candidatos,<br />
motivando, consequentemente, a participação eleitoral (que não é obrigatória<br />
para aqueles que não estão inscritos). Em quarto lugar, objetivava-se a<br />
expressão da maioria e a representação das minorias por meio de um sistema<br />
de distritos que elege no mínimo de três e no máximo de cinco a oito parlamentares,<br />
assegurando a representação minoritária em todos os territórios.<br />
Em quinto lugar, seria necessária a promoção de um Congresso que refletisse<br />
a diversidade da sociedade, seja ela ideológica, de gênero, idade, étnica, social<br />
e cultural. Isso se daria por meio de cotas que obrigam os partidos a apresentar<br />
uma porcentagem de candidatas mulheres. Por fim, tal mudança visava evitar<br />
que candidatos com grande número de votos não fossem eleitos.<br />
Sendo assim, o presente artigo examina como ocorreu o processo de tomada<br />
de decisão na conformação do novo projeto de reforma político-eleitoral,<br />
destacando os posicionamentos partidários da oposição e da situação, os<br />
principais pontos de conflito entre os partidos e as consequências da redistritagem,<br />
do aumento do número de legisladores e da imposição do sistema<br />
proporcional. Para tanto, na primeira seção, realizaremos uma breve análise<br />
histórica do sistema eleitoral e partidário chileno, objetivando demonstrar as<br />
peculiaridades do sistema binomial, bem como a importância das coalizões<br />
e dos partidos políticos. Na segunda seção, serão visualizados os principais<br />
pontos de discussão do projeto de reforma do sistema eleitoral, observando<br />
o posicionamento partidário, as críticas e a nova configuração do Congresso<br />
Nacional do país. Por fim, a última seção tece as considerações finais.