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REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA

Reforma-política-BAIXA

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Coalizões partidárias, sistema eleitoral e tomada de decisão 271<br />

governamentais. Para tanto, o partido propôs a substituição do atual sistema<br />

pelo uninominal de 120 distritos. Um dos principais motivos da oposição é<br />

que, dentro da coalizão da Alianza, a UDI está sobrerrepresentada. Nas eleições<br />

de 2013, por exemplo, a UDI recebeu 18,96% dos votos, obtendo 29<br />

cadeiras para a Câmara dos Deputados (ou 24% do total). Com isso, esteve<br />

sobrerrepresentada em 5,2 pontos – acima da coalizão da Alianza, cuja taxa<br />

de sobrerrepresentação foi de 4,6 pontos. Por sua vez, a RN, segundo maior<br />

partido da oposição, obteve 14,91% dos votos válidos, sendo eleito para 19<br />

cadeiras, ou 15,8% do total. O partido, portanto, também está sobrerrepresentado,<br />

mas em taxas menores (0,9 pontos).<br />

O outro partido oposicionista, a RN, concorda com o projeto, manifestando<br />

sua opção pelo sistema proporcional – com 134 deputados e 44 senadores,<br />

em distritos que repartam, no máximo, seis cadeiras, de magnitude ora (dois,<br />

quatro ou seis). Isso porque, de acordo com Quiroga, Díaz e Marambio (2014,<br />

p. 22), a RN não está tão sobrerrepresentada quanto à UDI, e um sistema proporcional<br />

garantiria à RN um porção de cadeiras similar aos votos recebidos.<br />

Por fim, os partidos da Nueva Mayoría encamparam a reforma, mas com<br />

uma grande diferença (Quiroga, Díaz e Marambio, 2014, p. 22). O PDC apoia<br />

a reforma, mas rechaça a instituição dos subpactos entre partidos, partilhando a<br />

ideia de que todos os partidos pertencentes ao pacto compitam com igualdade<br />

de condições. O PS e o PC, por sua vez, não concordam com o posicionamento<br />

do PDC, assinalando que se nas eleições para os conselhos são permitidos<br />

os subpactos, não haveria razões para eliminá-los da eleição para a Câmara dos<br />

Deputados. Entretanto, a maioria das normas que colocaram fim ao sistema<br />

binomial foi despachada com o apoio do maior número de congressistas.<br />

Os principais pontos debatidos e aprovados nas votações foram, em primeiro<br />

lugar, a reconfiguração da Câmara dos Deputados, estabelecendo que a<br />

eleição, dos seus 155 membros, será dividida em 28 distritos eleitorais (e não<br />

mais 60), de maneira que cada distrito contará com um número de deputados<br />

que varia de três a oito (com uma média de 5,3). A votação sobre os 28 distritos<br />

eleitorais teve apoio de 70% do Senado Federal e da Câmara dos Deputados,<br />

sendo que a oposição da Alianza por Chile procurou modificar tal número,<br />

apontando a falta de argumentos que fundamentem o aumento do número<br />

de parlamentares, especialmente em um momento no qual diversas pesquisas

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