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O MOVIMENTO INFORMÁTICO NAS ESCOLAS PORTUGUESAS ...

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dependentes do reconhecimento da sua legi-timidade social 97 e das<br />

competências disponíveis 98 .<br />

As profundas transformações vividas nestes dois campos sociais<br />

(cultura e ciência) resultaram de e alimentaram os movimentos de<br />

expansão, mercantilização e democratização das relações sociais.<br />

Fenómenos de dominação cultural e cogni-tiva (imposição de critérios de<br />

legitimidade diferencial, e socialmente marcada, de gostos e<br />

epistemologias), fenómenos de resistência, aprendizagem, assimilação e<br />

crítica cultural e cognitiva (particularmente evidentes no sistema<br />

educativo, mas tão presentes nos desempenhos profissionais) fazem a<br />

ligação entre os estratos sociais mais altos e mais baixos. Tais<br />

movimentos permanecem activos e úteis, na medida em que as distâncias de<br />

classes socialmente significativas para os diversos grupos sociais podem<br />

ser identificadas e mini-mizadas. Tais distâncias e movimentos potenciam<br />

97 Com a privatização, já não é só a actividade do Estado que está<br />

em causa, mas também a dos grupos privados, não só a partir da acção de<br />

grupos sociais activos, que podem ser minoritários e radicais (por<br />

exemplo os grupos de caos-computing ou da pirataria informática) ou<br />

ingénuos consumidores/utilizadores. A legitimidade dos sistemas técnicos<br />

depende ainda da avaliação do risco do uso de tais tecnologias que a<br />

sociedade possa fazer (cf. Beck, 1986).<br />

98 Por exemplo, a disponibilidade de programas capazes de<br />

responder às expectativas de fácil utilização dos microcomputadores. Ou<br />

o caso da profissão dos informáticos criada pela indústria informática:<br />

face à novidade tecnológica, prevendo a lentidão de uma eventual reacção<br />

do sistema escolar e a necessidade de desenvolver e manter a programação<br />

das máquinas inteligentes, o sector informático desenvolveu as suas<br />

próprias formas de formação de pessoal técnico especializado, à revelia<br />

do sistema educativo, mas sem o qual não lhe era possível manter a sua<br />

actividade.<br />

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