O MOVIMENTO INFORMÁTICO NAS ESCOLAS PORTUGUESAS ...

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de novas infra-estruturas de comunicação, como sejam as auto-estradas de informação, são decisões políticas de longo alcance. É verdade que o público não tem sido chamado, democra- ticamente, a discutir e a tomar posição sobre tais problemas, precisamente porque são concebidos como questões de foro tecnológico. E esse é outro tabu ligado à ideia de revolução informática, produzido pela teoria da difusão. Usando uma certa tradição do pensamento ocidental, nomeadamente a usada por Marx (criticada por Popper, 1993: 96), a teoria da difusão privilegia as potencialidades inovadoras da sociedade civil, como se esta existisse fora, ao lado ou antes da sociedade pública e política. Como se a superstrutura não fosse mais que uma consequência do que, numa concepção liberal, iria ocorrendo no mercado infor- mático imprevisível. Como se as decisões estratégicas dos poderes fundados nas principais empresas construtoras de computadores, por serem privadas, não fossem estruturadas e estruturantes. Porque só assim se poderia construir uma teoria em que a produção e as escolhas empresariais e políticas que ela implica pudessem passar inquestionadas. Ao contrário da teoria marxiana, a teoria da difusão privilegia a disponibilização das máquinas informáticas, em vez da sua produção. Do ponto de vista filosófico, porém, a estrutura lógica de determinações acaba por ter como consequência lógica o escamotear dos problemas que, supos- tamente, estarão fora das linhas de força principais. 484
Está fora do âmbito da teoria da difusão o estudo das estratégias empresariais, para que, por exemplo, apontam Reich (1991) ou Drucker (1993), por exemplo. Prefere tratar o tema das fases típicas dos processos de informatização das empresas (Nolan, citado por Madeira 1983), procurando retirar o menor denominador comum de uma quantidade apreciável de casos. Esta estratégia de investigação normaliza a mudança, transfor-mando uma análise de histórias numa proposta que, ao preten-der-se prática, utilizável por futuros utilizadores de informática, se transformou num dogma para iniciados, numa altura em que a formação dos informáticos não tinha uma base académica. O desenvolvimento geral não pode existir sem o desenvolvimento da informática, ponto final. Corolário 1: Tudo quanto seja o desenvolvimento da informática será uma contribuição para o desenvolvimento geral. Corolário 2: Tudo quanto seja negativo para o desenvolvimento da informática será negativo para o desenvolvimento geral. Não há, pois, grande coisa a discutir do lado da política ou mesmo do lado das estratégias produtivas da indústria em geral ou sequer da indústria informática. 485
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ANTÓNIO PEDRO DORES O MOVIMENTO IN
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permitiu-nos discutir 1 a correcç
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Eis o resumo mais sintéctico da no
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PARTE III - Da difusão de computad
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A mudança e os movimentos sociais
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Anexos (não estão disponíveis em
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Os coordenadores e amigos têm aces
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contra a vontade de desdramatizaç
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Burocratas quiseram normalizar, inv
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Procurar, em Portugal, as vantagens
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informatização, mas a favor do mo
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. Movimento acabou por não mudar a
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Afinal, dizem os novos tecno-cépti
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A modernidade dos computadores O co
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veram o domínio de ambos os mercad
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Nessa sociedade o trabalho humano j
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capacidade de se gerar uma relaçã
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sionais, conteúdos de trabalho e r
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Foi fundada por chefes de centros d
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fissionais formados nas universidad
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são, em particular aos técnicos p
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dos da década passada (A Informát
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velar pela nossa qualidade de vida,
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Assim, podemos propor que: a) A pop
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na escola no quadro de uma possi-bi
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Estes resultados confirmam a tradic
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A escolha entre teoria e prática p
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Na imagem que os alunos desenvolvem
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A análise factorial de correspond
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Note-se desde já que, como veremos
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filhos de grupos sociais mais bem e
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Em Línguas Estrangeiras não há c
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assim neste caso mostra como é est
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Caracterização dos grupos de alun
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ciais. São a classe que mais aprec
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Com excepção das indicações exp
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dos professores? Será que as infor
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computadores que poderiam ajudar os
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A segunda pergunta do questionário
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a) «Há poucos alunos bastante bon
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QUADRO 6 Dificuldades dos professor
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QUADRO 8 Sentimento de partilha das
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indicam o sentimento de isolamento,
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distingue as respostas do grupo dos
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Minerva são menos distinguíveis d
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factor 1 (explicando 53% da inérci
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) «[...] convirá não esquecer qu
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coordenação do Projecto. A vontad
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Dificilmente não se vê aqui uma t
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outro movimento de modernização q
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ístico neste campo. Até porque qu
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• Escolhe produzir um balanço da
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a) «Número de escolas abrangidas
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a) «Teremos que fazer passar [a ed
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«Muitas [...] aquisições recente
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mobilizados para mudar o sistema ed
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sociedade e, por outro, as linhas d
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cima com dificuldades de verbas par
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A complexidade do ensino da inform
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informática e liberdades na consti
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pensa-se, a capacidade de produzir
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Notas sobre uma conferência de Pap
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tecnologia muito semelhante aos dos
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LOGO onde as crianças e os profess
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expansível a todas as escolas do n
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que nos faz ficar encantados pelo a
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A iniciativa, a persistência, as c
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PARTE II MOVIMENTO INFORMÁTICO: UM
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está, de alguma forma, ‘fora’
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entidades, caminhos e orientações
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• Os usos mais frequentes dos com
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sociais dos computadores na escola?
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elacionavam com os computadores, co
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mesma resposta, indicaram uma marca
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QUADRO 1 Tipos de computadores dom
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dores iam adquirindo mais competên
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Os anos de frequência dos alunos n
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Estas cinco categorias de habilita
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famílias burguesas e de profission
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Algumas das perguntas formuladas no
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complexas, o jogo de forças e de i
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Em relação aos diversos tipos de
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TIPOS CLASSES SOCIAIS DOS PAIS DE 1
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CAPÍTULO 2 AS FORMAS SOCIAIS DE AP
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A ideologia nunca trabalha no vazio
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cada um. • Concebiam-se como aber
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O movimento, no seu conjunto, tamb
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mente, no seio das organizações,
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Elaborações ideológicas «Revolu
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jogo de apostas sobre o papel das t
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Os sujeitos do movimento Os profess
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Os professores inquiridos por nós
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não forem, irão exigir esforços
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dos alunos, a mudança do funcio-na
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A escola muda devagar, queixava-se
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• Vamos estudar a escola enquanto
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objecto de estudo. Só a instalaç
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Projecto e director do Gabinete de
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universitários, queixam-se da falt
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pelo Ministério para promoção na
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O Projecto Minerva, primeira acçã
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Como? Não cabe ao sociólogo respo
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O empenho da Beatriz em explorar as
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