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O MOVIMENTO INFORMÁTICO NAS ESCOLAS PORTUGUESAS ...

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giado das teses que lhe são mais favoráveis, as teses tecno-<br />

optimistas: «uma auto-ideologia promovida por aqueles<br />

que mais têm a ganhar, quer pelo aumento de vendas quer<br />

pelo aumento de utilização dos computadores» (Forester,<br />

1993a: 21).<br />

Os «voos de fantasia utópica» (id.: 20) que são mani-<br />

pulados nestas revistas têm a característica de serem tecno-<br />

cráticos. São inspirados nos pensamentos dos conceptores de<br />

produtos informáticos, tanto ao nível da função estratégica<br />

das grandes empresas transnacionais do sector como ao nível<br />

dos engenheiros que planeam a produção.<br />

Os engenheiros, para organizarem as suas actividades de<br />

concepção de máquinas e programas, têm que imaginar cenários<br />

ideais de utilização das máquinas que vão conceber. O mar-<br />

keting informático tem por função fazer passar socialmente,<br />

depois de burilados, os cenários que vão saindo vencedores<br />

dos debates internos, em articulação com concepções estraté-<br />

gicas da indústria informática desenhadas pelas direcções<br />

das empresas. Daí resultam cenários necessária e conscien-<br />

temente utópicos, pois falta-lhes, para se aproximarem do<br />

real, ter em conta a situação do utilizador, do cliente ou,<br />

melhor, a extrema diversidade de situações de utilização dos<br />

computadores que os clientes precisam e desejam.<br />

Vejamos um exemplo: uma brochura da IBM dirigida a em-<br />

presários de pequenas e médias empresas portuguesas em mea-<br />

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