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Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

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abraço-te com tenrura.<br />

Nino<br />

escreverei-te desde roma rapidamente. di para Carlo que<br />

esteja alegre e que lhe estou agradeci<strong>do</strong> infinitamente. Beijos<br />

para to<strong>do</strong>s.<br />

27 de junho de 1928<br />

•<br />

(Carta 44)<br />

Queridíssima tania,<br />

nengumha novidade à vista, até este momento. Ignoro quan<strong>do</strong><br />

partirei 60 .Porém, nom deve excluir-se que a minha partida seja<br />

dentro duns dias; poderia pôr-me a caminho hoje mesmo.<br />

recebim umha carta de minha mae há alguns dias.<br />

escreve que nom recebeu as minhas cartas desde 22 de<br />

60 G. chegou ao cárcere de regina Coeli na manhá de 12 de maio. o julgamento<br />

contra G. e os dirigentes <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista Italiano desenvolveu-se<br />

no dia 28 desse mês até 4 de junho, perante o tribunal especial para a defesa <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong>. o presidente era o general alessandro saporiti e o fiscal o advoga<strong>do</strong> Michele<br />

Isgrò. a defesa estava constituída polos avoga<strong>do</strong>s Giovanni ariis, adelmo<br />

Niccolaj e Giuseppe sar<strong>do</strong>. a imprensa internacional estava representada polo<br />

correspondente em roma <strong>do</strong> «Manchester Guardian» e polo jornalista soviético<br />

V. antonov. entre o escasso público admiti<strong>do</strong> nas audiências encontrava-se o<br />

irmao de G., Carlo. Imputa<strong>do</strong> e reconheci<strong>do</strong> culpável <strong>do</strong>s crimes de conspiraçom<br />

e incitaçom ao ódio de classe, de incitaçom à guerra civil, à insurrecçom e à mudança<br />

violenta da constituiçom e da forma <strong>do</strong> governo, G. foi condena<strong>do</strong> no dia 4<br />

de junho de 1928 a vinte anos, quatro messes e cinco dias de reclusom. destina<strong>do</strong><br />

primeiro à penitenciaria de Portolongone, trás umha visita médica especial foi<br />

destina<strong>do</strong> à penitenciaria de turi, para condena<strong>do</strong>s afeta<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>enças físicas<br />

e psíquicas, e deixou roma no dia 8 de julho de 1928, em «transporte ordinário».<br />

Imediatamente após a condena, Umberto terracini apresentou perante o<br />

tribunal supremo, no nome de to<strong>do</strong>s os seus camaradas, umha petiçom para<br />

a revisom <strong>do</strong> julgamento. o supremo declarou-se incompente para a acolher.<br />

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