12.05.2013 Views

Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ce acredita na capacidade da sua versom da teoria da história<br />

para liquidar definitivamente qualquer filosofia da praxe.<br />

até se deu que no mesmo perío<strong>do</strong> em que Croce elaborava<br />

a sua suposta maça, a filosofia da praxe, na obra <strong>do</strong>s<br />

maiores especialistas modernos na matéria se trabalhava no<br />

mesmo senti<strong>do</strong> e o momento da «hegemonia» ou da direçom<br />

cultural era revalorizada de um mo<strong>do</strong> preciso e sistemático,<br />

em oposiçom às visons mecanicistas e fatalistas <strong>do</strong> economicismo.<br />

Pu<strong>do</strong>-se afirmar, polo contrário, que o traço essencial<br />

da mais moderna filosofia da praxe consiste precisamente no<br />

conceito histórico-político de «hegemonia». Por isso, penso<br />

que Croce nom está up to date com as pesquisas e com a bibliografia<br />

<strong>do</strong>s seus estu<strong>do</strong>s preferi<strong>do</strong>s, ou que perdeu a sua<br />

capacidade de orientaçom crítica. Polo que parece, as suas<br />

informaçons baseiam-se especialmente num célebre livro de<br />

um jornalista vienense, Fülöp-Miller 163 . este ponto deveria ser<br />

desenvolvi<strong>do</strong> de maneira ampla e analítica, mas entom seria<br />

necessário um ensaio mui extenso. Para o que che pode interessar,<br />

considero que chega com estas noçons, que nom me<br />

seria fácil desenvolver de forma ampla.<br />

Querida, abraço-te com tenrura.<br />

antonio<br />

342<br />

•<br />

163 G. alude ao livro de r. Fülöp-Miller, Geist und Gesicht des Bolschevismus,<br />

Darstellung und Kritik del kulturellen Lebens in Sowiet-Russland, amalthea Verlag,<br />

Viena, 1926, <strong>do</strong> qual Croce resenhou em La Critica, XXIV, 5, 20 de setembro<br />

de 1926, pp. 289-291.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!