12.05.2013 Views

Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

Cartas do CárCere - Estaleiro Editora

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

tempo, hei de pedir-che as obras completas <strong>do</strong> próprio Machiavelli<br />

que, talvez lembres, che pedira quan<strong>do</strong> ainda estava<br />

em Milám, mas a publicaçom ainda nom saíra.<br />

Po<strong>do</strong> estabelecer ainda alguns pontos de orientaçom para<br />

um trabalho sobre o livro de Croce (que ainda nom lim em<br />

livro); mesmo se estas notas forem um pouco desconexas,<br />

acho que che poderám ser úteis na mesma. Pensa depois tu<br />

em organizá-las pola tua conta, em funçom <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong><br />

teu trabalho.<br />

aludim já à grande importáncia que Croce concede à sua<br />

atividade teórica de revisionista e como, com a sua aprovaçom<br />

explícita, toda a sua intensa obra pensa<strong>do</strong>r-ensaística nestes<br />

últimos vinte anos estivo guiada polo objetivo de completar<br />

a revisom, até convertê-la em liquidaçom. Como revisionista,<br />

contribuiu para suscitar a corrente da história económico-jurídica<br />

(que, de maneira matizada, está especialmente representada<br />

ainda hoje polo académico Gioachino Volpe); hoje<br />

deu forma literária a essa história que ele chama de ético-política,<br />

da qual a Storia d’Europa deveria ser e converter-se em<br />

paradigma. em que consiste a inovaçom fornecida por Croce,<br />

tem esse significa<strong>do</strong> que ele lhe atribui e especialmente,<br />

tem esse valor «liquida<strong>do</strong>r» que ele pretende? Concretamente,<br />

pode dizer-se que Croce, na atividade histórico-política, frisa<br />

unicamente o momento que em política se chama da «hegemonia»,<br />

<strong>do</strong> consenso, da direçom cultural, para distingui-lo<br />

<strong>do</strong> momento da força, da coerçom, da intervençom legislativa<br />

e estatal ou policial. Na verdade, nom se entende por que Cro-<br />

livraria che procure um livro de tangorra (cita<strong>do</strong> por arias) que contém um<br />

ensaio sobre M. economista. Parece que nom há mais (a única chamada que se<br />

encontrou está em schmoller, Lineamenti di economia nazionale, trad. ital., vol.<br />

I, p. 129, que alude a Machiavelli como a um mercantilista)».<br />

341

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!