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Química Tito e Canto - Vol. 2 - 5ª Ed. 2009

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Poluentes atmosféricos

O risco do monóxido de carbono

O monóxido de carbono se combina com a

hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue

e a inutiliza para sua função essencial, que é a

de transportar oxigênio pelo corpo. Sem oxigênio,

morremos rapidamente. E nosso cérebro

é o primeiro a morrer. O monóxido de carbono

(fórmula química: CO) é um gás incolor, inodoro

e altamente tóxico.

Todos estamos expostos a ele porque está

presente, em pequenas quantidades, na atmosfera.

Os maiores níveis são encontrados no ar

das cidades, provenientes [da combustão nos

motores] dos veículos. A maior parte dos átomos

de carbono existentes em um combustível

transformam-se em dióxido de carbono (CO 2 )

com dois oxigênios na molécula, porém um

pouco do combustível queimado em um motor

ou aquecedor pode encontrar pouco oxigênio

para sua combustão completa, e o carbono

Poluente(s)

CO

(monóxido de carbono)

PI

(partículas inaláveis)

Como a poluição prejudica a saúde

Principais poluentes e seus efeitos

Principais fontes

de emissão

Carros a gasolina (49%), carros

a álcool (17%), veículos a diesel

(28%)

Veículos a diesel (30%), carros a

gasolina (10%), indústrias (10%)

acaba se combinando com apenas um oxigênio

por molécula.

O monóxido de carbono no ar que respiramos

pode se combinar com até 5% de hemoglobina

de nosso sangue e, se fumarmos, esse valor pode

subir para valores da ordem de 10%. [...] Se chegar

a 30% perceberemos os sintomas do envenenamento

por monóxido de carbono: náuseas, dores

de cabeça, indolência e dores no peito. Apenas 1%

de CO no ar converte mais de 50% da hemoglobina

sanguínea em uma forma que não é funcional e

causa morte em uma hora. [...]

A principal fonte de monóxido de carbono proveniente

da atividade humana são os escapamentos

de carros, que podem produzir níveis tão altos como

50 ppm (0,005%) em locais de tráfego intenso. [...]

Fonte: John Emsley. Molecules at an exhibition. Portraits

of intriguing materials in everyday life. Oxford, Oxford

University Press, 1998. p. 108. (Tradução dos autores.)

Danos à saúde

O CO se liga à hemoglobina no sangue no lugar

do oxigênio. Em altas concentrações, prejudica a

oxigenação do organismo, causando diminuição

dos reflexos e da acuidade visual. Pessoas com

problemas cardíacos e circulatórios são as mais

prejudicadas.

Instalam-se nos pulmões, diminuindo a capacidade

respiratória. O material parti culado pode aumentar

os efeitos fisio ló gicos de outros gases presentes

no ar.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O 3

(ozônio)

É formado pela reação dos

hidrocarbonetos e óxidos de

nitrogênio na presença de luz

solar.

Irritação dos olhos e vias respiratórias, diminuição

da capacidade pulmonar, envelhecimento precoce

e corrosão dos tecidos. Pessoas com asma são

mais suscetíveis aos efeitos do ozônio.

Unidade A • Concentração das soluções

HC

(hidrocarbonetos)

NO 2

(dióxido de nitrogênio)

SO 2

(dióxido de enxofre)

Carros a gasolina (53%), veículos

a diesel (21%), carros a álcool

(19%)

Veículos a diesel (81%), carros a

gasolina (10%), carros a álcool

(5%)

Veículos a diesel (77%),

indústrias (15%), carros a

gasolina (8%)

Diminuem a capacidade sanguínea de transportar

oxigênio e afetam os sistemas cardiovascular

e nervoso e o pulmão. Os hidrocarbonetos

aromáticos (benzeno, tolueno e xileno) são

cancerígenos.

Pode penetrar profundamente no sistema

respiratório, originando substâncias mutagênicas

e carcinogênicas. É também um irritante, podendo

conduzir a sintomas que lembram os do enfisema.

Altas concentrações provocam irritação no

sistema respiratório e problemas cardiovasculares.

Fonte: O Estado de S. Paulo, 22 jun. 1997.

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