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c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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UMA ANÁLISE ESTRUTURAL DO LÉXICO ADULTO* 179<br />

Por último, temos o caso <strong>da</strong>s nasais homorgânicas combinatórias que, em<br />

situação de fala fluente, poderão ser produzi<strong>da</strong>s em coarticulação com a<br />

vogal nasal anterior e a oclusiva seguinte. A presença destas nasais é<br />

defini<strong>da</strong> pelo tipo de consoante que se segue à nasal, dependen<strong>do</strong> assim <strong>do</strong><br />

contexto posterior; se após a vogal nasal vier uma fricativa ou líqui<strong>da</strong>, não<br />

há lugar à produção de nasais homorgânicas combinatórias. Há casos onde a<br />

determinação <strong>do</strong> PU em palavras vizinhas não é afecta<strong>da</strong> pela presença, ou<br />

não, <strong>da</strong> nasal homorgânica combinatória. Vejamos um exemplo: pincel e<br />

pintainho, em que a primeira nunca tem homorgânica combinatória, e a<br />

segun<strong>da</strong> a tem na transcrição fonética mas não na fonológica. Quer<br />

consideran<strong>do</strong> a transcrição fonética, quer a fonológica, o PU será de 3:<br />

[pi~'sE9] vs. [pi~ntA'iNu] e /pi~tA'iNu/ vs. /pi~'sE9/. A única diferença é<br />

no segmento em que se localiza o PU: em pintainho, o segmento<br />

diferencia<strong>do</strong> é [n] na transcrição fonética mas ÍXl na fonológica. Se há casos<br />

como o que acabámos de ver, onde a presença destas homorgânicas<br />

combinatórias não interfere no PU, outras há onde o PU pode ser afecta<strong>do</strong>.<br />

Tomemos como exemplo as palavras contentamento e contentar. Aqui, se se<br />

considerar a transcrição fonética o PU é de 8 ([ko~nte~ntA'me~ntu] vs.<br />

[ko~nte~n'tar]); se a fonológica, o PU é de 6 (/ko~te~tA'me~tu/ vs.<br />

/ko~te~'tar/). Ao contrário <strong>do</strong> exemplo anterior, neste caso a natureza <strong>do</strong><br />

segmento em que o PU se encontra prevalece em ambas as situações de<br />

transcrição.

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