11.04.2013 Views

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

296 * LER E ESCREVER EM PORTUGUÊS EUROPEU - VOL. I<br />

Trata-se de uma língua com um número muito reduzi<strong>do</strong> de morfemas<br />

presos. Pelo contrário, as línguas latinas são línguas morfologicamente<br />

flexionais (ou sintéticas, ou fusionais), com um número eleva<strong>do</strong> de palavras<br />

polissilábicas e polimorfémicas.<br />

Por isso, na condução de estu<strong>do</strong>s cujo objecto são as palavras, é<br />

necessário não descurar as características específicas <strong>da</strong>s várias línguas. No<br />

caso <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre a consistência <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> escrita, a maior parte<br />

tem si<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong> para a língua inglesa e por isso, o alvo preferencial são as<br />

palavras monossilábicas monomorfémicas CVC. Já no português, por<br />

exemplo, mais especificamente no Porlex, apenas 2% <strong>da</strong>s palavras são<br />

monossílabos, mesmo consideran<strong>do</strong> as que terminam em schwa (e.g., fonte,<br />

monte, padre, pente, sebe). Este número reduzi<strong>do</strong> de monossílabos limita, à<br />

parti<strong>da</strong>, a generalização <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s de consistência para o português em<br />

geral, uma vez que não se trata de um grupo de palavras representativo <strong>da</strong><br />

nossa língua.<br />

Borgwaldt e de Groot (submeti<strong>do</strong>) levantam igualmente a questão <strong>da</strong><br />

representativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s palavras monossilábicas, e propõem-se realizar um<br />

estu<strong>do</strong> translinguístico sobre a consistência <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> escrita em cinco<br />

línguas europeias: o holandês, o inglês, o finlandês, o alemão e o sueco.<br />

Como a frequência <strong>da</strong>s palavras monossilábicas difere nas várias línguas, as<br />

autoras (ibd.) propõem-se estender a análise <strong>da</strong> consistência para as palavras<br />

polissilábicas. A questão que se levanta quan<strong>do</strong> se passa <strong>da</strong> análise <strong>da</strong><br />

consistência de monossílabos para polissílabos é que uni<strong>da</strong>des sublexicais

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!