11.04.2013 Views

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

214 « LER E ESCREVER EM PORTUGUÊS EUROPEU - VOL. I<br />

suficientes para facilitar a leitura em voz alta, uma vez que não houve um<br />

ganho na leitura quan<strong>do</strong> os estímulos tinham muitos vizinhos fonológicos<br />

mas poucos vizinhos ortográficos. O efeito de facilitação só se observa se as<br />

pseu<strong>do</strong>palavras para além de vizinhanças fonológicas densas, também<br />

tiverem muitos vizinhos ortográficos. Serão, então os vizinhos ortográficos<br />

o factor crítico? Para responder a esta questão Peereman e Content (ibd.)<br />

realizaram a segun<strong>da</strong> experiência onde também usaram pseu<strong>do</strong>palavras com<br />

vizinhos fonográficos e pseu<strong>do</strong>palavras com poucos vizinhos, tanto<br />

ortográficos como fonológicos. Para além destes <strong>do</strong>is grupos, usaram ain<strong>da</strong><br />

um terceiro: pseu<strong>do</strong>palavras com muitos vizinhos ortográficos mas poucos<br />

vizinhos fonológicos. Mais uma vez, o efeito principal <strong>do</strong> tipo de<br />

pseu<strong>do</strong>palavras observou-se apenas no tempo de resposta, onde as<br />

pseu<strong>do</strong>palavras com vizinhos fonográficos foram li<strong>da</strong>s mais rapi<strong>da</strong>mente <strong>do</strong><br />

que os outros <strong>do</strong>is tipos. Ter muitos vizinhos ortográficos, por si só, não<br />

facilita a leitura; a pronúncia tem um efeito facilita<strong>do</strong>r apenas quan<strong>do</strong> os<br />

vizinhos ortográficos têm muitos vizinhos fonológicos. Consideran<strong>do</strong> os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s duas experiências em conjunto, parece haver um efeito<br />

facilita<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s vizinhos fonográficos na nomeação de estímulos.<br />

Da<strong>da</strong> a relevância <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> tipo de vizinhos ten<strong>do</strong> em conta<br />

as duas formas, fala<strong>da</strong> e escrita, procedemos à sua análise. Das cerca de 30<br />

mil entra<strong>da</strong>s <strong>do</strong> Porlex, fomos analisar aquelas de extensão igual ou superior<br />

a três, com no mínimo, um vizinho ortográfico ou fonológico, o que dá<br />

conta de 43% <strong>do</strong> total <strong>do</strong> corpus (n - 12.633). Estas entra<strong>da</strong>s reúnem um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!