11.04.2013 Views

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

302 ♦ LER E ESCREVER EM PORTUGUÊS EUROPEU - VOL. I<br />

de se tratarem de grupos bem defini<strong>do</strong>s, que, se não se distinguem a nível<br />

segmental (e.g. «ímpar» vs. «impar», pronuncia<strong>do</strong>s /'i~par/ e /i~'par/,<br />

respectivamente), encontram obrigatoriamente a sua diferença na sílaba<br />

acentua<strong>da</strong>. A rima foi defini<strong>da</strong> de forma heurística, dizen<strong>do</strong> respeito a tu<strong>do</strong><br />

o que se segue ao ataque inicial <strong>da</strong> palavra. Esta definição vai de encontro à<br />

definição de rima poética que descrevemos atrás. Não é, no entanto,<br />

equivalente. Nas palavras bissilábicas agu<strong>da</strong>s, a rima não se circunscreveu<br />

apenas à rima final. Optámos neste caso por uma definição de rima mais<br />

abrangente, que engloba a rima <strong>da</strong> primeira sílaba e a sílaba final (como<br />

acontece nas palavras bissilábicas graves). Deste ponto de vista, a rima de<br />

«balão» é «-alão», e não apenas «-ão» como quan<strong>do</strong> se verseja. Esta opção<br />

teve essencialmente por base a preocupação em se constituir grupos<br />

comparáveis dentro <strong>da</strong> grande categoria <strong>da</strong>s palavras bissilábicas. Deste<br />

mo<strong>do</strong>, ataque e rima são equivalentes nos <strong>do</strong>is grupos poden<strong>do</strong>-se ver quais<br />

as diferenças entre graves e agu<strong>da</strong>s que são atribuí<strong>da</strong>s à posição onde o<br />

acento se encontra.<br />

A implicação mais evidente <strong>da</strong> definição de rima que a<strong>do</strong>ptámos, é que<br />

vão ser considera<strong>da</strong>s consistentes aquelas que apenas têm um exemplo - as<br />

rimas únicas. Por exemplo, a rima -erde é de leitura consistente porque é<br />

sempre li<strong>da</strong> /erdó/, apesar de só haver um palavra que tem esta rima, a<br />

palavra verde. Esta questão é particularmente evidente quan<strong>do</strong> se passa <strong>da</strong><br />

análise <strong>da</strong> rima <strong>da</strong>s palavras monossilábicas para as bissilábicas, usan<strong>do</strong> a<br />

mesma meto<strong>do</strong>logia, pois aqui, o número de rimas únicas aumenta

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!