11.04.2013 Views

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

406 ♦ LER E ESCREVER EM PORTUGUÊS EUROPEU - VOL. I<br />

não tem vizinhos nem ortográficos nem fonológicos. As que os têm, pertencem<br />

geralmente a densi<strong>da</strong>des escassas, pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> as vizinhanças compostas por<br />

um único vizinho. As densi<strong>da</strong>des densas são raras e aparecem, sobretu<strong>do</strong>, em<br />

palavras compri<strong>da</strong>s. Em mais de metade <strong>do</strong>s casos, os vizinhos são por<br />

substituição de um segmento <strong>da</strong> palavra-alvo, seguin<strong>do</strong>-se de longe os vizinhos<br />

por adição e por subtracção. Quan<strong>do</strong> se considera em simultâneo os vizinhos<br />

ortográficos e fonológicos de uma entra<strong>da</strong> lexical, vê-se que quase metade <strong>do</strong>s<br />

vizinhos são fonográficos, isto é, são simultaneamente vizinhos ortográficos e<br />

fonológicos, seguin<strong>do</strong> os vizinhos fonológicos mas não ortográficos, e, por<br />

último, os ortográficos não fonológicos.<br />

Resumin<strong>do</strong>, falamos de um léxico adulto onde abun<strong>da</strong>m palavras<br />

compri<strong>da</strong>s, que se discriminam umas <strong>da</strong>s outras nos segmentos finais, e que<br />

se diferenciam <strong>da</strong>s demais palavras em mais <strong>do</strong> que um segmento.<br />

Ain<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong> análise estrutural <strong>do</strong> léxico adulto, procedemos a uma<br />

caracterização <strong>da</strong> sílaba escrita e fala<strong>da</strong> - uni<strong>da</strong>de sublexical com reali<strong>da</strong>de<br />

psicológica (e.g., Fromkin, 1973; Liberman et ai., 1974; Morais et ai., 1979;<br />

Treiman & Zurowski, 1988). Esta análise mostrou um léxico composto<br />

maioritariamente por sílabas de tipo CV, seguin<strong>do</strong>-se as sílabas CVC (nas<br />

monossilábicas e nas polissilábicas em posição medial e final) e V (nas<br />

polissilábicas em posição inicial). Quanto ao ataque, a grande maioria é<br />

constituí<strong>do</strong> por uma consoante; quanto à rima, é a rima simples, de tipo V,<br />

que dá conta <strong>da</strong> maior parte <strong>do</strong>s casos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!