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c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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UM ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A APRENDIZAGEM DA LEITURA ♦ 347<br />

escrita. Este modelo contém uma componente central, o sistema semântico,<br />

para onde são encaminha<strong>da</strong>s e de onde são forneci<strong>da</strong>s as informações<br />

relevantes para a apreensão <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> de palavras. Como ele tenta<br />

explicar o mo<strong>do</strong> como se produz e se percebe não só a escrita mas também a<br />

fala, não o examinaremos aqui por não ser este o nosso objectivo.<br />

Apresentaremos, antes, um modelo específico à linguagem escrita que tenta<br />

explicar o mo<strong>do</strong> como o leitor hábil lê em voz alta.<br />

A linguagem escrita, mais especificamente a leitura, tem si<strong>do</strong> alvo de<br />

estu<strong>do</strong>s vários no senti<strong>do</strong> de esclarecer quais os processos cognitivos<br />

envolvi<strong>do</strong>s na leitura e por que em alguns casos ela se encontra<br />

comprometi<strong>da</strong> (situação que actualmente se encontra a mu<strong>da</strong>r, pois há ca<strong>da</strong><br />

vez mais investigação sobre a escrita). Desde a déca<strong>da</strong> de 70 que diferentes<br />

modelos têm si<strong>do</strong> propostos no senti<strong>do</strong> de explicar o reconhecimento de<br />

palavras escritas e respectiva leitura em voz alta. Uns são modelos de dupla<br />

ou tripla via que postulam a existência de vias de leitura alternativas,<br />

lexicais e não-lexicais (e.g., Coltheart, 1980; Coltheart et ai., 1993;<br />

Coltheart & Rastle, 1994; Ellis, 1984; Morton & Patterson, 1980), outros<br />

são modelos conexionistas onde a leitura seria o resulta<strong>do</strong> de múltiplas<br />

conexões entre uni<strong>da</strong>des ortográficas e fonológicas (e.g., Plaut &<br />

McClelland, 1993; Plaut, McClelland, Seidenberg, & Patterson, 1996;<br />

Seidenberg & McClelland, 1989), e outros ain<strong>da</strong> são modelos de uma via<br />

onde a leitura se faz por analogia (e.g., Glushko, 1979; Sullivan, 1991).<br />

Estes modelos foram sen<strong>do</strong> reformula<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> de <strong>da</strong>r conta não só de

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