11.04.2013 Views

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UM ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A APRENDIZAGEM DA LEITURA ♦ 359<br />

Marsh et al. (ibd.), a criança tem acesso pela primeira vez à representação<br />

fonológica <strong>da</strong> palavra a partir <strong>da</strong> sua forma escrita. Ela começa por<br />

descodificar letras individuais em sons individuais, sen<strong>do</strong> a leitura feita <strong>da</strong><br />

esquer<strong>da</strong> para a direita, de forma sequencial. Progressivamente, a criança<br />

vai começar a ser sensível ao contexto <strong>da</strong>n<strong>do</strong>, então, entra<strong>da</strong> na última fase<br />

<strong>da</strong> aprendizagem <strong>da</strong> leitura, a fase Ortográfica.<br />

Na fase Ortográfica a criança é capaz de reconhecer uni<strong>da</strong>des maiores <strong>do</strong><br />

que letras individuais não precisan<strong>do</strong> de fazer uma análise letra-a-letra; estas<br />

uni<strong>da</strong>des podem ser sílabas, ou até mesmo palavras inteiras. Saliente-se, no<br />

entanto, que o reconhecimento de palavras inteiras não se processa como na<br />

fase logográfica. Aqui, o reconhecimento é feito com base em padrões de<br />

letras, e não na forma visual <strong>da</strong> palavra. No entanto, a entra<strong>da</strong> nesta fase não<br />

pressupõe o total aban<strong>do</strong>no <strong>da</strong> fase alfabética. Perante palavras novas ou<br />

pouco familiares, a criança usa as regras de conversão grafema-fonema.<br />

As teorias de Marsh et ai. (1981) e de Frith (1985) partilham em comum<br />

o pressuposto de que to<strong>da</strong>s as crianças passariam pelas mesmas fases de<br />

aprendizagem <strong>da</strong> leitura, e isto ocorreria sempre na mesma ordem. No<br />

entanto, este pressuposto não reúne o consenso de to<strong>do</strong>s os investiga<strong>do</strong>res<br />

no <strong>do</strong>mínio. Stuart e Coltheart (1988), por exemplo, defendem a existência<br />

de diferenças individuais, relatan<strong>do</strong> o caso de crianças que no processo de<br />

aprendizagem não passam pela fase logográfica. Na mesma linha, Wimmer<br />

e Hummer (1990) mostraram que as crianças aprendizes <strong>do</strong> alemão - uma<br />

língua fonologicamente transparente - começam a 1er usan<strong>do</strong> estratégias

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!