11.04.2013 Views

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

c - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

258 ♦ LER E ESCREVER EM PORTUGUÊS EUROPEU - VOL. I<br />

no senti<strong>do</strong> de tornar esta representação <strong>da</strong> fala ca<strong>da</strong> vez mais adequa<strong>da</strong> e<br />

explícita. Segun<strong>do</strong> Gelb (1952/1973), a evolução <strong>da</strong> escrita ocorreu em<br />

quatro fases progressivas. A partir <strong>da</strong> escrita de figuras a representar ideias e<br />

conceitos - os ideogramas -, os sistemas de escrita terão evoluí<strong>do</strong> para<br />

sistemas basea<strong>do</strong>s nas palavras, posteriormente para sistemas silábicos<br />

basea<strong>do</strong>s no som (incluin<strong>do</strong> sistemas consonantais), e culminan<strong>do</strong> na<br />

representação <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des mínimas <strong>do</strong>s sons <strong>da</strong> fala - os fonemas (ibd.).<br />

Mais recentemente, autores como Gaur (1984/1987), Harris (1986) e<br />

Olson (1998) vêem a escrita como um sistema comunicacional, cria<strong>do</strong> para<br />

fins mnésicos e para comunicar informação. Um <strong>do</strong>s fun<strong>da</strong>mentos desta<br />

posição pode ser visto na existência eficaz de sistemas de escrita<br />

alternativos, como o logográfico usa<strong>do</strong> na China e o misto de logográfico e<br />

silábico usa<strong>do</strong> no Japão. Além disso, na perspectiva <strong>do</strong>s autores (Gaur, ibd.;<br />

Harris, ibd.; Olson, ibd.), se a escrita tivesse si<strong>do</strong> cria<strong>da</strong> para representar a<br />

fala tal implicaria um conhecimento prévio <strong>da</strong> estrutura <strong>da</strong> linguagem<br />

fala<strong>da</strong>, <strong>do</strong>s seus constituintes. Para Olson (1998), a escrita faz uso de um<br />

sistema gráfico inventa<strong>do</strong> para ser li<strong>do</strong> numa língua, e porque é li<strong>da</strong> fornece<br />

um modelo de linguagem e de pensamento.<br />

Independentemente <strong>da</strong>s razões que levaram ao seu aparecimento, a<br />

escrita usa uma uni<strong>da</strong>de fun<strong>da</strong>mental comum à fala - a palavra. Mas isto<br />

não foi sempre assim. As primeiras representações gráficas consistiram em<br />

desenhos e pinturas simbolizan<strong>do</strong> primeiramente objectos - a pictografia - e<br />

mais tarde, com a descoberta <strong>do</strong> princípio semasiográfico, simbolizan<strong>do</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!