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ANAIS - VOLUME I - WordPress.com

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EIXO I - Papel doEstado na Garantiado Direito à Educaçãode Qualidade:Organização eRegulação daEducação Nacional13 Sob o pressuposto de que cabe ao Estado agarana do direito à educação de qualidade, estabelecidona Constuição Brasileira de 1988, na Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996)e no Plano Nacional de Educação (PNE 2001-2010),considerado direito social e <strong>com</strong> estatuto de direitoconsignado na Declaração Universal dos Direitos Humanosde 1948, cabe verificar, historicamente, <strong>com</strong>otem sido a postura do Estado brasileiro no cumprimentode seu dever14 Historicamente, o Brasil tem se caracterizado<strong>com</strong>o um país <strong>com</strong> frágeis polícas sociais, o que lheimprimiu dois traços marcantes: uma das maiores desigualdadessociais em convívio <strong>com</strong> uma das maisaltas concentrações de renda do mundo Com 50% deuma população de 170 milhões de pessoas em situaçãode pobreza, é fácil constatar sua condição de paísinjusto por excelência. Além disso, relatório do IBGE(PNAD, 2003) indica que, dos trabalhadores brasileiros<strong>com</strong> mais de 10 anos, 65,2% recebem até dois saláriosmínimos Essas caracteríscas, reflexo da ausênciade polícas sociais mais efevas, assumem formascada vez mais perversas de exclusão social15 O panorama excludente tem reflexos importantes,também, no campo da educação. Basta iden-ficar que, da população <strong>com</strong> mais de sete anos,11,2% são analfabetos, dos quais aproximadamente2,5 milhões estão na faixa de escolaridade obrigatória(7 a 14 anos)10. Dentre os maiores de dez anos,11,2% não têm escolaridade ou esveram na escolapelo período de até um ano; 27,5% têm até três anosde escolaridade; e mais de 2/3 da população (60,4%)não possuem o ensino fundamental <strong>com</strong>pleto, tendo,no máximo, sete anos de escolaridade (IBGE - PNAD2003) 10 Com a implementação do ensino fundamentalde nove anos, a escolarização obrigatória passoupara a faixa etária de 6 a 14 anos16 Uma das evidências do menosprezo à educaçãonacional pode ser encontrada na estrutura definanciamento que permeou toda a sua história: ofinanciamento da educação nunca foi efevamenteconcebido a parr das necessidades reais de crianças,adolescentes, jovens e adultos Ao contrário, semprefoi estabelecido um quantum possível de recursos e,a parr dele, idenficavam-se quais setores, níveis,modalidades e segmentos sociais seriam priorizadosTal situação não favoreceu o sendo de Sistema Nacional17 Por essa razão, historicamente, o termo SistemaNacional de Educação é ulizado, quase sempre,de forma equivocada: ora <strong>com</strong>o conjunto de “coisas”(escolas, níveis ou etapas de ensino, programas pontuaise específicos, nível de administração públicaetc.), ora <strong>com</strong>o uma forma de agrupar semelhanças,cuja lógica funcionalista lhe dá sendo. Ambas as formasnão atendem ao princípio básico para a implantaçãode um Sistema Nacional de Educação18 Se a educação é <strong>com</strong>preendida <strong>com</strong>o direitosocial inalienável, cabendo ao Estado sua oferta, estemesmo Estado deve organizar-se, para garanr o seucumprimento Isso foi feito por quase todos os paísesdo mundo, sobretudo os da Europa, da América doNorte e alguns da América Central e do Sul, ao se configurarem<strong>com</strong>o estados independentes e soberanos,115

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