ANAIS - VOLUME I - WordPress.com

134como o aperfeiçoamento do senso críco do aluno104 Da mesma forma, na educação superior épreciso aprimorar o processo avaliavo, tornando-omais abrangente, de modo a promover o desenvolvimentoinstucional e a melhoria da qualidadedaeducaçãocomo lógica constuva do processo avaliavoe mancipatório,considerando, efevamente, aautonomia das IES, a indissociabilidade entre ensino,pesquisa e extensão. Além disso, faz-se necessáriamaior inter-relação das sistemácas de avaliação dagraduação e da pós-graduação, na constuição de umsistema de avaliação para a educação superior105 Portanto, a construção da qualidade social,da gestão democráca e de um amplo processo deavaliação arcula-se com o projeto pedagógico ou dedesenvolvimento instucional, por meio de uma visãoampla de educação e de sociedade, buscando aconsolidação da democracia, por meio da parcipaçãosocial, assentada na: descentralização do poder;elaboração de projetos instucionais, visando à garanada educação pública de qualidade social; reestruturaçãoe/ou ampliação da rede sica de todas asinstuições educavas, adequando-as aos novos projetos;garana de espaço para a atuação estudanl;garana de formação inicial e connuada ao profissionalda educação; garana de condições adequadas detrabalho aos profissionais da educação.106 É importante considerar, ainda, no contextoda gestão democráca, que a instuição educavase define pelas relações sociais que desenvolve comoinstuição, devendo buscar o que lhe é específico (oensino, a pesquisa, a extensão), sem perder de vista oideal da aprendizagem como direito humano, social edemocráco de todos os que a constuem.107 Não há como educar para a autonomia, criavidade,autoconfiança, numa instuição moldada noconteudismo, na memorização e na fragmentação doconhecimento Como espaço de relações, cada instuiçãoé única, fruto de sua história parcular, de seuprojeto e de seus agentes Como lugar de pessoas ede relações, é também um lugar de representaçõessociais Dessa forma, a formação, na sua integralidade,dentre outras intenções, deve: contribuir para odesenvolvimento humano, primando por relaçõespautadas por uma postura éca; ampliar o universosociocultural dos sujeitos da educação; fortalecer relaçõesde não-violência e o reconhecimento das diferençascom aquilo que nos torna iguais.108 A instuição educacional deve ter, pois, comoprincípios fundamentais: o caráter público da educação;a inserção social e a gestão democráca, onde asprácas parcipavas, a descentralização do poder, asocialização das decisões desencadeiem um permanenteexercício de conquista da cidadania. Esta úlmaé concebida como materialização dos direitos fundamentaislegalmente constuídos, dentre os quais odireito à educação de qualidade.109 Diante dessas considerações, torna-se essencialviabilizar um projeto de educação integral voltadopara a ampliação de tempos, espaços e oportunidadeseducacionais, como importantes alternavaspara a democrazação da educação, a inclusão sociale para a diminuição das desigualdades educacionais.Nessa linha de pensamento, compreende-se que a escolanão é o único espaço formavo da nossa sociedade.Mesmo sendo a sua ação necessária e insubstuível,ela não é suficiente para dar conta da educaçãointegral. Assim, a escola é constantemente desafiadaa reconhecer os saberes da comunidade, os espaçossociais e os diferentes atores sociais que podem promoverdiálogos, trocas e transformações, tanto dosconteúdos escolares, quanto da vida social. E, nessesendo, o desafio da escola é arcular e coordenar oconjunto de esforços dos diferentes atores, polícassociais e equipamentos públicos, para cumprir o projetode educação integral.110 Dessa forma, a gestão democráca dos siste-