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ANAIS - VOLUME I - WordPress.com

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<strong>com</strong> a criação de universidades e instuições não-universitárias,a criação de novos cursos e/ou ampliaçãode vagas. Recentemente, merece destaque a ação dopoder público federal para a expansão da educaçãosuperior por meio da criação de universidades e instuiçõesfederais tecnológicas, bem <strong>com</strong>o pela ampliaçãode vagas das Ifes via o Plano de Reestruturaçãodas Universidades Federais (Reuni)139 A expansão privada da educação superior,marcada pela diversificação e diferenciação instucionale a oferta de cursos e programas, sobretudo aparr da segunda metade da década de 1990, fez-sea<strong>com</strong>panhar de uma diminuição gradava dos recursospara manutenção e expansão das instuições federaisde ensino superior, parcularmente das universidades federais. Por essa razão, ocorreu, em certamedida, um processo de intensificação da mercanlizaçãoda educação superior, tanto no setor privado<strong>com</strong>o no setor público No caso das universidades federais,observou-se a ampliação no número de convêniose contratos, visando ao aumento de recursos próprios.É preciso, pois, implementar patamares maisadequados de financiamento dessas instuições, paragaranr a sua manutenção e expansão, <strong>com</strong>o formade desmercanlizar as relações de produção do trabalhoacadêmico140 O PNE, aprovado em 2001, planejava a expansãoda educação superior pública, de maneiraa “ampliar a oferta de ensino público assegurandouma proporção nunca inferior a 40% do total de vagas,prevendo, inclusive, a parceria da União <strong>com</strong> osEstados na criação de novos estabelecimentos deeducação superior”. Angir essas metas significariater 6.882.065 estudantes nesse nível de ensino, atéo final da década; desses, 40% (2.752.826) matriculadosem instuições públicas – o que mais do queduplicaria a quandade atual de estudantes – e 60%(4 129 239), nas instuições parculares Essa meta foivetada à época, mas é preciso que seja retomada, demodo que o País possa, ao procurar angi-la, minimizara desproporção entre o número de estudantesmatriculados nas instuições públicas e nas instuiçõesprivadas141 A garana do direito à educação e, parcularmente,à educação superior certamente implicará aação permanente do Estado, diante das evidênciasconcretas dos limites ao crescimento do número deestudantes no setor privado impostos pela renda percapita brasileira e pela enorme desigualdade socialem nosso País, já que pouco mais de 10% da populaçãopossuem cerca de 50% da riqueza nacional,enquanto 50% dos mais pobres detêm, apenas, 10%dessa riqueza. O elevado percentual de vagas nãopreenchidas e, também, as altas taxas de inadimplênciaevidenciam o esgotamento da expansão pela viado setor privado142 Embora tenha ocorrido um crescimento considerável,tanto privado <strong>com</strong>o público, ainda se estálonge dos parâmetros da real democrazação dessenível de ensino, sobretudo em termos de acesso, permanênciae conclusão e, ainda, quanto à qualidade daoferta de cursos para os estudantes-trabalhadores143 A esse quadro <strong>com</strong>plexo agregam-se significavasdiferenças educacionais, encontradas entreos grupos étnicos; a importante diferença de desempenhoentre as áreas rurais e urbanas; a alta dispersãodos estudantes, o que gera enorme discrepânciainterna nos resultados de muitos grupos etários; e,finalmente, o baixo rendimento nominal mensal percapita da grande maioria dos estudantes brasileiros144 Esses dados demonstram, claramente, <strong>com</strong>o éflagrante a reprodução das desigualdades na escolarizaçãobrasileira. Com esses dados, constata-se queo Estado não vem cumprindo sua tarefa de oferecereducação em quandade e qualidade para a naçãobrasileira. Como consequência, parcela significavanão possui as condições básicas para ser cidadãoparcipante de uma sociedade letrada e democráca139

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