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ANAIS - VOLUME I - WordPress.com

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50connua elista e excludente. A expansão ocorrida naúlma década não foi capaz de democrazar efevamenteesse nível de ensino, sobretudo se considerarmosa qualidade.No Brasil, pode-se afirmar que o acesso ao ensinosuperior ainda é bastante restrito e não atende àdemanda, principalmente na faixa etária de 18 a 24anos, pois apenas 12,1% dessa população encontram-sematriculados em algum curso de graduação(Inep, 2007). Além disso, 74,1% das matrículas estãono setor privado, enquanto apenas 25,9% estão emIES públicas; cerca de 68% das matrículas do setorprivado são registradas no turno noturno, enquantoo setor público apresenta um percentual de 36%. Incrementara expansão da educação superior públicapresencial, visando à democrazação do acesso e dapermanência, coloca-se <strong>com</strong>o imperavo às ações governamentais.Dados do Inep mostram que os brancos representam52% dos brasileiros e 72,9% na educação superior. Ospardos representam 41% da população geral e 20,5%estão nas IES. Já os pretos somam 5,6% da populaçãogeral e somente 3,6% estão representados nesse nívelde ensino (Inep, 2004). Esses dados evidenciama presença das desigualdades raciais e a necessidadede polícas de democrazação do acesso e da permanêncianesse nível de ensino que visem à sua superação.Nesse sendo, a mais promissora alternava,construída por setores da sociedade civil e da sociedadepolíca, é a proposta que determina a reservade vagas nas IES para um mínimo de 50% de estudantesegressos/as das escolas públicas, respeitando-sea proporção de negros/as e indígenas em cada entefederado, de acordo <strong>com</strong> os dados do IBGE. Esta propostateria um prazo mínimo de duração de 10 anos.Deve-se enfazar a importância do Enem para ingressarna educação superior.É fundamental ressaltar esforços despendidos naexpansão da educação superior pública estadual emunicipal, nas duas úlmas décadas. Tal processo expansionistaverificou-se, sobretudo, nas IES estaduais,<strong>com</strong> a criação de universidades e instuições não-universitárias,a criação de novos cursos e/ou ampliaçãode vagas. Recentemente, merece destaque a ação dopoder público federal para a expansão da educaçãosuperior por meio da criação de universidades e instuiçõesfederais tecnológicas, bem <strong>com</strong>o pela ampliaçãode vagas das instuições federais, via o Plano deReestruturação das Universidades Federais (Reuni),que deve ter avaliação social periódica, visando à ampliaçãode vagas <strong>com</strong> qualidade. No entanto, ainda énecessário aumentar a oferta pública de educação superiormediante programas de expansão democracamentediscudos <strong>com</strong> a <strong>com</strong>unidade universitária e<strong>com</strong> a sociedade em geral, inclusive mediante a interiorizaçãodeste nível de ensino <strong>com</strong>o estratégia paraampliar as oportunidades de acesso da população dointerior e do campoA expansão privada da educação superior, marcadapela diversificação e diferenciação instucional e aoferta de cursos e programas, sobretudo a parr dasegundametade da década de 1990, fez-se a<strong>com</strong>panharde uma diminuição gradava dos recursos paramanutenção e expansão das instuições federais deensino superior, parcularmente das universidadesfederais. Por essa razão, ocorreu, em certa medida,um processo de intensificação da mercanlização daeducação superior, tanto no setor privado <strong>com</strong>o nosetor público. No caso das universidades federais,observou-se a ampliação no número de convênios econtratos, visando ao aumento de recursos próprios.É preciso, pois, implementar patamares mais adequadosde financiamento dessas instuições, paragaranr a sua manutenção e expansão, <strong>com</strong>o formade desmercanlizar as relações de produção do trabalhoacadêmico, o que inclui o fim dos cursos depós¬graduação pagos nas IES públicas.O PNE, aprovado em 2001, planejavaa expansão daeducação superior pública, de maneira a “ampliar a

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