15.04.2013 Views

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>conceitualização</strong> que permanec<strong>em</strong> “ocultos”. Isto não significa dizer que é impossível acessar<br />

os conhecimentos “implícitos-<strong>em</strong>-ação”, o que tor<strong>na</strong>ria o referencial teórico estéril.<br />

Na TCC as <strong>situações</strong> têm um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, visto que são elas que dão sentido aos<br />

conceitos. Mas também as <strong>situações</strong> são aprendidas por meios <strong>de</strong> uma classe <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as,<br />

assim, não parece possível <strong>de</strong>finir um conceito como uma categoria fixa, pois ele s<strong>em</strong>pre terá<br />

uma vinculação relacio<strong>na</strong>l com os invariantes operatórios, as <strong>situações</strong>, e um conjunto <strong>de</strong><br />

símbolos e signos pelos quais se representam os conceitos. Um conceito é, portanto, segundo<br />

Verg<strong>na</strong>ud (1990), um terno <strong>de</strong> três conjuntos: C = [S, I, R].<br />

Desse modo, o <strong>de</strong>senvolvimento e a operacio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conceito envolverão<br />

s<strong>em</strong>pre a imbricação <strong>de</strong>ssas três dimensões. Ou seja, um conceito só irá adquirir sentido para<br />

o indivíduo <strong>na</strong> medida <strong>em</strong> que ele é confrontado com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>situações</strong>, o que<br />

permite a abstração, incorporação ou rejeição <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s aos invariantes operatórios e,<br />

portanto, aos esqu<strong>em</strong>as. Também, po<strong>de</strong>-se acrescentar <strong>de</strong> maneira mais precisa que a relação<br />

entre significados e significantes, não aten<strong>de</strong> a uma relação <strong>de</strong> bijeção, pois é comum que um<br />

significante represente mais <strong>de</strong> um significado, b<strong>em</strong> como os invariantes operatórios<br />

comparecer<strong>em</strong> <strong>em</strong> diversas <strong>situações</strong>. Com efeito, não é possível reduzir o significado ao<br />

significante, n<strong>em</strong> os esqu<strong>em</strong>as às <strong>situações</strong> (VERGNAUD, 1990).<br />

É característico dos <strong>processo</strong>s cognitivos dos indivíduos, <strong>na</strong> compreensão dada por<br />

Verg<strong>na</strong>ud, que eles utiliz<strong>em</strong> os conhecimentos implícitos e explícitos quando do<br />

enfrentamento <strong>de</strong> <strong>situações</strong>. Assim, é mister dar atenção ao <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo<br />

principalmente no que tange as suas continuida<strong>de</strong>s e rupturas, o que é uma tarefa complexa e<br />

que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das <strong>situações</strong>, das representações simbólicas e análise dos erros e fracassos<br />

(VERGNAUD, 1990). Vale ressaltar ainda, o papel da linguag<strong>em</strong> <strong>na</strong> intermediação s<strong>em</strong>iótica<br />

das representações, <strong>na</strong> ajuda do pensamento e da organização da ação.<br />

Esta função se apóia ela mesma sobre a função da representação, mas o que é representado, então, é às<br />

vezes os el<strong>em</strong>entos da situação levada <strong>em</strong> conta, a ação e suas relações. A linguag<strong>em</strong> e os símbolos<br />

mat<strong>em</strong>áticos <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penham, portanto, um papel <strong>na</strong> <strong>conceitualização</strong> e a ação. S<strong>em</strong> os esqu<strong>em</strong>as e as<br />

<strong>situações</strong>, eles permaneceriam vazios <strong>de</strong> sentido (VERGNAUD, 1990, 170).<br />

A TCC busca, assim, compreen<strong>de</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento da aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

competências complexas. E, ao explicitar o que enten<strong>de</strong> por conceitos e esqu<strong>em</strong>as, Verg<strong>na</strong>ud<br />

<strong>de</strong>staca duas classes <strong>de</strong> <strong>situações</strong>: aquela <strong>na</strong> qual o sujeito já dispõe <strong>de</strong> todas as competências<br />

necessárias para o enfrentamento da situação e outra <strong>na</strong> qual ainda não dispõe <strong>de</strong>ssas<br />

competências. Nesse último caso, o sujeito se obriga a dispor <strong>de</strong> um t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> reflexão,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!