15.04.2013 Views

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

o processo de conceitualização em situações diferenciadas na ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

conhecimento, o que obriga aos docentes responsáveis por essas discipli<strong>na</strong>s um trabalho que<br />

rompe com a forma mais “direta” (e tradicio<strong>na</strong>l) <strong>de</strong> se chegar ao âmago das teorias científicas.<br />

Talvez esteja aí uma das gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> se encontrar professores (aptos e<br />

voluntariosos) para ministrar cursos como o <strong>de</strong> Estrutura da Matéria no Ensino Superior, e<br />

consequent<strong>em</strong>ente, o seu paralelo no EM.<br />

Ainda assim, optamos por <strong>de</strong>finir melhor o que venha a ser as “características<br />

qualitativas do conhecimento”, válidas não somente para o corpo <strong>de</strong> conhecimento referente à<br />

FMC, mas para toda a Física Escolar <strong>de</strong> maneira geral. Conforme <strong>de</strong>fendido anteriormente,<br />

pauta-se nos <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lização, tão fundamentais para a Ciência Física quanto para a<br />

Física Escolar, e a exaltação do fenômeno como objeto central do Ensino <strong>de</strong> Física.<br />

E antes que possamos ser questio<strong>na</strong>dos quanto à diferenciação feita entre a Física<br />

Escolar e o objeto da Ciência Física, adiantamos a interpretação sobre por que a TD po<strong>de</strong><br />

configurar-se como uma violência contra a integrida<strong>de</strong> do ato <strong>de</strong> ensi<strong>na</strong>r, principalmente no<br />

âmbito cognitivo, pois <strong>na</strong> compreensão <strong>de</strong> Ricardo (2005), colocar <strong>em</strong> dúvida o saber que é<br />

ensi<strong>na</strong>do <strong>na</strong> escola incorreria <strong>em</strong> questio<strong>na</strong>r a relevância da Ciência para a socieda<strong>de</strong> (p. 157).<br />

Depois <strong>de</strong> constatado que há diferenças entre, por ex<strong>em</strong>plo, entre a Física ensi<strong>na</strong>da <strong>na</strong> escola e a Física<br />

dos físicos, a credibilida<strong>de</strong> assegurada pela legitimida<strong>de</strong> epist<strong>em</strong>ológica atribuída a Física não é<br />

garantida para seu ensino (RICARDO, 2005, p.157).<br />

Já <strong>em</strong> uma perspectiva escolar, po<strong>de</strong> ainda haver outros complicadores <strong>na</strong>s<br />

consi<strong>de</strong>rações acima, pois, enquanto se justifica o Ensino da Física <strong>na</strong> escola básica com base<br />

nos benefícios sociais que a Ciência proporcio<strong>na</strong>, existe <strong>na</strong>turalmente certa tranqüilida<strong>de</strong>, mas<br />

quando, principalmente para os professores, é mostrado que a Física Escolar não é exatamente<br />

aquela Física científica, passa a existir um clima <strong>de</strong> inconstância. Nas palavras <strong>de</strong> Chevallard,<br />

nenhum saber ensi<strong>na</strong>do se autoriza por si mesmo (CHEVALLARD, 1994, p.146). Nesses<br />

termos, parece claro que a pesquisa científica justifica-se por si mesma, mas no seu ensino<br />

não necessariamente.<br />

Então, uma análise sobre a FMC para o EM referenciada <strong>na</strong>s idéias <strong>de</strong> TD não se<br />

encaixa <strong>de</strong>ntro do padrão usual, o que gera a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão sobre o fim <strong>de</strong> alguns<br />

vícios, e <strong>de</strong> uma forma tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> agir dos professores <strong>de</strong>ste nível <strong>de</strong> ensino. Esse ponto<br />

também é observado por Silva et al (2005). E aqui resi<strong>de</strong> a insistência por uma Transposição<br />

específica, pois moldada pela tradição, acaba por enfatizar muito mais o formalismo e os<br />

aspectos quantitativos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!